17 jan, 2017
Um mês depois de a Taça de Portugal ter andado à roda pela última vez, aí está de novo a prova rainha, a menina bonita do calendário do futebol português.
Com oito equipas ainda em prova, vamos encetar logo à noite uma jornada - quartos-de-final - que se prolonga por dois dias e que, entre as equipas ainda em prova, conta somente com dois grandes, Sporting e Benfica, os quais ainda podem aspirar a chegar à final de Maio, no Estádio Nacional.
Ao Benfica, o sorteio parece ter destinado menores dificuldades.
O seu adversário será o histórico Leixões, da segunda Liga que, para cúmulo, vai jogar amanhã, no estádio da Luz, esta cartada decisiva.
Leixões que, curiosamente, já tem o seu nome inscrito no historial da competição, na qualidade de vencedor.
Esse triunfo remonta à temporada de 1960-61, quando os leixonenses, então designados por “bébés de Matosinhos” desfeitearam o Futebol Clube do Porto no seu próprio estádio das Antas, numa final em que venceram por 2-0.
Agora, o Leixões Sport Clube debate-se com enormes dificuldades, no vigésimo lugar na classificação da segunda Liga, por enquanto em risco de despromoção.
O jogo grande desta eliminatória vai, no entanto, ter lugar no estádio Municipal de Chaves, onde o Sporting joga cartada decisiva, por razões reconhecidas e a dobrar: antes de mais, para tentar chegar às meias-finais, e depois para se reabilitar do recente mau resultado frente ao mesmo adversário transmontano em jogo a contar para o campeonato.
Um jogo que deixou marcas profundas no clube de Alvalade e cujas repercussões têm provocado enorme agitação, por força de notícias e desmentidos que trazem em alvoroço a família sportinguista.
Por esta altura, ninguém está em bons lençóis, pelo que o jogo desta terça-feira suscita expectativa sobre aquela que poderá vir a ser a reacção da equipa de Jorge Jesus e a resposta que será ou não capaz de dar num momento em é jogado praticamente todo o futuro de uma época que ainda apenas está a meio.