13 jan, 2017
Como todos estamos bem lembrados, no anterior fim-de-semana não houve grande alarido à volta da actuação das equipas de arbitragem que dirigiram os nove jogos da penúltima jornada do campeonato da liga principal.
O Benfica porque protagonizou um jogo sem casos em Guimarães passou ao lado do tema do momento, Sporting Clube de Portugal e Futebol Clube do Porto remeteram-se a prudente silêncio com a consciência de que foram ambos beneficiados nos desafios em que enfrentaram o Feirense e o Paços de Ferreira, respectivamente.
É, aliás, o que acontece quando algum dos três grandes “sai por cima” nos jogos em que tomam parte.
Barulho, sim, é quando as coisas ocorrem ao contrário e há motivos para bramar por esse país fora utilizando os mais diversos canais.Trata-se de uma realidade com a qual convivemos há muitos anos, e que nunca deixou indícios de que poderia reverter.
Depois do que aconteceu na quarta-feira, dia em que o Conselho de Arbitragem chamou à sua sede todos os representes dos clubes com futebol profissional, estes compareceram de forma esmagadora. No final ficou a ideia, até entre os habitualmente mais recalcitrantes, de que poderíamos vir a estar perante uma fase nova, marcada pela pacificação de que só beneficiaria o todo do futebol português.
É aquilo que se espera fique a marcar a jornada que vai ter início amanhã à tarde.
Antes que seja tarde, será de todo conveniente que se estabeleça um clima de entendimento, e não se transformem os árbitros nas vítimas de erros que nem sempre lhes cabem.
Bom será que os clubes, todos os clubes, comecem a olhar mais para dentro de si próprios, para os seus lapsos de jogo e para os seus erros de estratégia, não procurando encontrar responsáveis noutros domínios que não sejam os seus.
A jornada 17 pode ser o dealbar de um novo dia.