​Reviravolta

Em pouco mais de 15 dias a classificação do principal campeonato português deu uma autêntica reviravolta confirmando assim que a imprevisibilidade no futebol constitui um dos seus mais aliciantes atractivos.

Fazendo as contas, o Sporting esteve à beira de apanhar na tabela o Benfica em relação ao qual tinha apenas dois pontos de diferença, situando-se assim na cómoda posição de apenas depender de si próprio.

Mas, duas derrotas consecutivas bastaram para os leões chegassem ao seu atraso mais substancial desta temporada colocado a oito pontos de distância do comandante da classificação.

Chegar ao Natal nesta desagradável situação não é uma novidade para o Sporting.

Pelo contrário, a quadra que estamos a viver tem servido muitas vezes de mote aos seus principais detractores para tentar ridicularizar os leões e as suas já prolongadas ausências das lutas que levam à conquista dos títulos.

A noite passada os leões sofreram a sua terceira derrota no presente campeonato, com a agravante de esta ter sido sofrida no seu próprio estádio com mais de quarenta mil apoiantes a assistir.

Num jogo em que a equipa de Jorge Jesus deu largos minutos de avanço aos minhotos, em que dominou mais e atacou mais, faltou-lhe eficácia, contundência e qualidade de passe de vários dos seus jogadores mais influentes.

Tais factores contribuíram para a credibilidade que merece a vitória dos bracarenses que, inclusivamente, passaram à frente dos leões, remetendo-os para um humilhante quarto lugar.

Para fechar o dia, foi ontem anunciada a primeira candidatura de oposição a Bruno Carvalho nas próximas eleições no Sporting.

Um tema destinado a aquecer os próximos dias, e que sobe a primeiro plano numa altura em que o clube tem sofrido outras derrotas para além do futebol.