07 dez, 2016
A Caixa Geral de Depósitos tornou-se uma arma de arremesso no debate político-partidário. A esquerda e a direita acusam-se mutuamente de terem responsabilidades nos péssimos resultados da CGD nos últimos anos.
Como é habitual, este debate pouco ou nada contribui para esclarecer os portugueses. Por isso, uma auditoria independente à CGD é cada vez mais necessária.
Para já, tornou-se incontroverso que o processo de substituição da administração da CGD correu mal. O primeiro-ministro já o reconheceu, embora tenha passado meses a fazer de conta que o assunto não era com ele.
Mas não esqueçamos o escândalo da tomada do BCP por aliados de Sócrates, com o apoio da CGD. Em 2012 o presidente do BPI, Fernando Ulrich, afirmou que se fosse feita uma auditoria à CGD durante o tempo em que o PS (Sócrates) esteve no Governo seria detectada uma "actuação que não é própria de um banco do Estado" e “nenhum dirigente socialista teria coragem para fazer qualquer pronunciamento sobre a CGD".
Será por isso que a auditoria não se concretiza? Se não é, parece.