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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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​Uma auditoria à CGD

07 dez, 2016 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


A polémica nada contribui para esclarecer os portugueses. Por isso, uma auditoria independente à CGD é cada vez mais necessária.

A Caixa Geral de Depósitos tornou-se uma arma de arremesso no debate político-partidário. A esquerda e a direita acusam-se mutuamente de terem responsabilidades nos péssimos resultados da CGD nos últimos anos.

Como é habitual, este debate pouco ou nada contribui para esclarecer os portugueses. Por isso, uma auditoria independente à CGD é cada vez mais necessária.

Para já, tornou-se incontroverso que o processo de substituição da administração da CGD correu mal. O primeiro-ministro já o reconheceu, embora tenha passado meses a fazer de conta que o assunto não era com ele.

Mas não esqueçamos o escândalo da tomada do BCP por aliados de Sócrates, com o apoio da CGD. Em 2012 o presidente do BPI, Fernando Ulrich, afirmou que se fosse feita uma auditoria à CGD durante o tempo em que o PS (Sócrates) esteve no Governo seria detectada uma "actuação que não é própria de um banco do Estado" e “nenhum dirigente socialista teria coragem para fazer qualquer pronunciamento sobre a CGD".

Será por isso que a auditoria não se concretiza? Se não é, parece.

Comentários
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  • Rui Fernandes
    08 dez, 2016 Coimbra 14:58
    ó Justus Injusto, mas, se é como diz, por que razão a esquerda em bloco e com Bloco não quis a auditoria à Caixa pedida pela oposição e recusou liminarmente todos os caminhos nesse sentido? Fugiram dela como puderam e souberam. A ser como diz, das duas, duas: a malta da direita deve ser masoquista e a da esquerda, PS à frente, é totó de todo porque perdeu uma ocasião de luxo. E isso é mesmo a vocação que se lhes conhece, perder a deixa para entalar seja quem for. Ó homem, oriente-se. Venha a auditoria (já ontem era tarde) e depois peçam-se responsabilidades.
  • José Cunha
    07 dez, 2016 Paredes de Coura 19:04
    Na verdade precisa-se urgentemente de uma inspeção rigorosa e isenta á CGD, dado as imparidades de milhões que estão na berlinda, como os dois partidos alternativos de poder em Portugal tem as suas responsabilidades entendo que nada ou muito pouco se vai averiguar e responsabilizar os administradores que fizeram daquela Instituição pública a sua coutada com a concessão de créditos, empréstimos duvidosos aos seus apaniguados sem garantias e defesa do erário público. Vamos esperar para ver, mas o melhor é sentarmos-nos para não nos cansarmos muito.!...Uma vergonha nacional e o Zé pagante que nada tinha a ver com estes usos e abusos vai ter de pagar...
  • MASQUEGRACINHA
    07 dez, 2016 TERRADOMEIO 18:33
    Olha que bom, por uma vez temos todos razão: o articulista e os comentadores, e eu também, uma vez que concordo com o que todos dizem. Cada um na sua perspectiva, apontam de forma certeira causas e consequências daquele descalabro em que se tornou a CGD. Auditorias, pois claro, é sempre bom, nem que mais não seja para assistirmos ao triste espectáculo do passa-culpas e da mentira a-bem-da-nação, mas vão-se sabendo mais umas coisas para educar o povo. Soluções? Já aí estão: cortar nos funcionários, apertar o crivo da concessão de crédito, sobretudo aos particulares (esta é para rir, só pode ser), reduzir ainda mais a remuneração das contas e aumentar os custos do cliente com as despesas que se atreve a dar ao banco para lá ter o dinheiro. Ah, e "capitalizar" os tais milhões que ainda também ninguém explicou claramente quanto são, porque são e de onde virão. Concluindo: não serão só os ordenados da administração a ser equiparados a bancos privados, será tudo o resto. Para lá de tentar compreender o emaranhado de traficâncias em que a CGD se tornou, é urgente que seja explicado qual é, afinal, o interesse para o país de existir um banco público. Bem se viu que a direita não só o dispensava, como sofre por não o ter conseguido "resolver" a tempo; já a esquerda o acha tão necessário que paga qualquer preço, até trair alguns dos seus valores fundamentais. Para o cidadão, passará (mais ainda) a ser um banco como outro qualquer. Repito: qual é, afinal, o interesse para o país?
  • Barbeiro
    07 dez, 2016 BRAGA 14:59
    Já foi pedida a auditoria a caixa geral de depositos , mas recusada pelos partidos da esquerda porque será?
  • XUXAS C RABO PRESO
    07 dez, 2016 Lx 14:41
    Os xuxas têm o rabo preso com a CGD....Era o amigo Vara, o Santos Ferreira e todos a alimentar o grupo Lena manietados pelo 44, esse grande democrata de pacotilha...Vale de Lobo era de quem kamarada? Não use uma venda e espero que a auditoria independente venha e veremos os rabos de palha do socialismo e da esquerda... Já agora se o Sócrates estivesse nop poder teria dado a mão ao pulha do Salgado? Claro que sim, pois este tem esse famoso presidiário na mão e vai ser bonito quando revelar-se a verdade.Aí os xuxas tremes e por alguma razão não querem a auditoria sugerida...Rabo preso de muitos xuxas de má fama alguns dos quais com processos às costas...Tanta cegueira política da esquerdalha bafienta que já vota nos salários milionários dos gestores abdicando daquilo que diziam ser os seus princípios... Mas os princípios foram postos na gaveta como o Marocas meteu o xuxalismo na gaveta...Uns tristes demagogos mas o povo não é parvo... Que venha a auditoria público para se revelarem os nomes de todos....
  • Justus Injusto
    07 dez, 2016 Lx 14:34
    O Justus é injusto pois que os adminisradores da CGD foram sempre mais da esquerda( Vara e outros) que foram manietados por políticos pouco escupulosos como o famoso 44 que dava ordens apra beneficiar o grupo de Leiria onde ele vai buscar os milhões...Porque seria? Que venha a auditoria e veremos quem tem o rabo preso kamaradas...Não seja injusto Justus...
  • Justus
    07 dez, 2016 Espinho 12:56
    A auditoria vai concretizar-se, não tenha dúvidas Sr. Sarsfield. Aliás já está em curso. E depois ver-se-á o que andaram por lá a fazer, praticamente durante todo este tempo após o 25 de Abril, presidentes da administração e muitos outros administradores, todos militantes do PSD ou conotados com este partido. Como diz o ditado, a procissão ainda vai no adro. E o que me diz, Sr. Sarsfield, do recente Relatório do Tribunal de Contas que responsabiliza o governo anterior por varrer os problemas da CGD para debaixo do tapete? Foi há dias, e o Sr. Sarsfield não tem uma palavra sobre este descalabro, escondendo também que a CGD teve praticamente sempre à sua frente gente do PSD. Tal como o BPN, até se poderia dizer que a CGD era também um Banco do PSD. É preciso ver tudo e a desonestidade intelectual de certos escribas não engana ninguém.
  • Ricardo MArtins
    07 dez, 2016 Lisboa 12:17
    E porque não uma auditoria ao banco do jardinismo do PPD Madeira ? ou ao ex- BES do seu amigo Salgado de quem tanto gostava ?
  • Miguel Botelho
    07 dez, 2016 Lisboa 08:37
    E que tal uma auditoria à CGD no tempo em que Pedro Passos Coelho foi primeiro-ministro? Na verdade, nas colunas de opinião do Professor «Pardal» nunca se vislumbra uma crítica ao anterior primeiro-ministro. Porque razão será?