30 nov, 2016
A OCDE prevê que a economia portuguesa cresça 1,2% neste ano e no próximo e 1,3% em 2018, números abaixo das previsões do Governo. A principal causa deste fraco crescimento é, para a OCDE, a falta de investimento, público e privado.
Para tal situação contribuem a fragilidade da banca e o endividamento empresarial.
Previsões são previsões e não seria esta a primeira vez que a OCDE se engana. Mas a prova de que o próprio Governo está preocupado é a pressão do primeiro-ministro para que finalmente surja uma solução para o crédito malparado.
Os bancos têm inúmeros créditos praticamente incobráveis, além de mais de cem mil imóveis por vender, e portanto são mais exigentes na concessão de crédito. E uma empresa muito endividada tem como prioridade sobreviver, não investir.
Fala-se na criação de um “banco mau”, que fique com os activos tóxicos dos bancos e depois procure pô-los a render. Mas é óbvio que haverá aí uma substancial perda de dinheiro. E que serão os contribuintes a pagar pelo menos uma boa parte dessa diferença. Não há milagres.