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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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Dos sindicatos às associações

25 out, 2016 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Agora reina a “paz social”, não obstante os problemas nessas áreas se revelarem bem graves para alunos, professores e utentes dos transportes públicos.

Tem sido notada a passividade dos sindicatos ligados à CGTP em sectores como as escolas e os transportes colectivos. Quando estava em funções o anterior executivo multiplicavam-se as greves nesses sectores.

Agora reina aí a “paz social”, não obstante os problemas nessas áreas se revelarem bem graves para alunos, professores e utentes dos transportes públicos.

A explicação é óbvia: aqueles sindicatos não defendiam alunos nem professores; e também não defendiam os passageiros dos transportes colectivos. Eram, e são, meras peças na engrenagem do PCP. Com os comunistas a apoiarem o presente governo no Parlamento, veio a “paz social”. Infelizmente não vieram melhorias nas escolas nem nos transportes – o caso do Metropolitano de Lisboa é chocante.

Hoje são outras associações, de pais e de utentes nomeadamente, que lutam pela melhoria, ou tão só pela não degradação, no ensino e nos transportes colectivos. Não possuem a arma da greve, claro, mas são um sinal positivo de vida da sociedade civil. São estas associações que podem incomodar o governo, tirando-o da sua ineficácia.

Comentários
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  • JMC
    26 out, 2016 USA/EUA 14:19
    Graças a Deus que tenho o meu Senhor como a fonte da minha força, pois o Miguel condenar-me-ia ao inferno por ter uma má vida intelectual. (Por exemplo, não vou votar em Donald Trump.) Que pena que eu não seja um dos “donos da verdade.” Ainda assim, para vosso bem, só espero que não haja mais um resgate financeiro em Portugal.
  • Miguel Botelho
    26 out, 2016 Lisboa 09:03
    JMC, mal vai a tua vida intelectual se concebes Sarsfield Cabral como bom jornalista.
  • Lucinda
    26 out, 2016 Trancoso 08:46
    O botelho só tem odio na mente e em virtude disso só diz bacuradas ,tudo o que está escrito no texto é pura verdade mas há pessoas como este botelho que só vomitam odio e rancor que dizem o contrario , porque será que estas pessoas se acham donos da verdade não é dificil de adivinhar pois não senhores botelhos.
  • JMC
    26 out, 2016 USA/EUA 00:06
    Lá vais tu outra vez, camarada Miguel, a criticar qualquer ponto de vista anti-marxismo. Ao meu parecer, o Sr. Sarsfield-Cabral é um dos jornalistas melhores no seu país, malgrado os seus insultos sempre feitos sobre qualquer opinião publicada por Sr. Sarsfield-Cabral. Repito o que escrevi no meu comentário anterior (peço-lhe desculpa pelo verbo errado que fiz, mas ainda sou um estudante da sua língua maravilhosa): Só espero que não haja mais um resgate financeiro em Portugal!
  • Miguel Botelho
    25 out, 2016 Lisboa 22:08
    Paulo, a sua análise sobre o sindicalismo deste país é ridícula, senão mesmo ignorante e grosseira. A CGTP é uma confederação de sindicatos, onde estão incluídos até trabalhadores independentes e até votantes no BE e PS. Essa ideia que a CGTP aparecia sempre que uma empresa têxtil estava para fechar é o cúmulo da má informação, com propósitos mesquinhos e banais. Convença-se que a CGTP esteve sempre ao lado dos trabalhadores, fossem eles membros do PCP, independentes ou afectos a outros partidos. Essa ideia estúpida que defende não é mais do que subscrever o artigo acima.
  • joao da Vila
    25 out, 2016 VRSA 20:01
    O sindicatos têm cada vez menos membros efetivos ( os que pagam quotas ). A ausências de greves permite que a "conta bancária cresça". Quando o governo cair -pela mão do PCP - as greves voltarão.
  • Paulo
    25 out, 2016 Porto 19:56
    Quem não sofrer de "clubite partidária" não deixará de constatar a realidade do descrito pelo autor do artigo. Mais: nunca foi novidade para ninguém que a CGTP está ao serviço do PCP. Sempre foi assim, desde o 25 e Abril. Porque é que o Secretário-Geral da CGTP, seja ele quem for, tem por inerência de funções, assento no Comité Central do PCP? Também não é novidade que a CGTP defende (será?) alguns trabalhadores - aqueles que lhe interessam, como os funcionários públicos. Onde está a defesa do Têxtil e do Calçado, sectores que foram durante décadas dos mais mal pagos neste país? Em que data foi feita uma greve geral do Têxtil ou do Calçado? Onde estava a CGTP? Já sei: a CGTP aparecia sempre que uma empresa têxtil estava para fechar - o cangalheiro aparece sempre que lhe cheira a defunto.Eu compreendo que a CGTP esteja ao serviço dos interesses do PCP e que defenda os interesses dos trabalhadores que lhe convém. Está no seu direito. Mas assumam isso e nao me venham com histórias de "sindicalismo independente", porque isso é mentira. A CGTP e o PCP nada têm a oferecer ao país, a não ser votar a favor de orçamentos do Estado, por conveniência. Ou alguém tem dúvidas que, se os orçamentos do Estado de 2016 e 2017 fossem apresentados pelo PSD ou pelo CDS, nos exactos mesmos temos, sem tirar uma vírgula, que o PCP votaria contra? Eu não tenho dúvidas nenhumas.
  • Miguel Botelho
    25 out, 2016 Lisboa 18:44
    Avalio mal os dois últimos comentários. De certeza que a Renascença procede à censura de comentários contra o autor do texto. É vergonhoso nos tempos que vivemos usar dos mesmos procedimentos que foram usados na ditadura, só para que a opinião mal formada do autor valha.
  • PANTOMINEIROS
    25 out, 2016 Lx 16:27
    Subscrevo este texto do Dr. Sarsfield Cabral. Na moche. Aparentemente os sindicatos silenciaram-se e acomodaram-se aos interesses que representam.Os transportes públicos não funcionam ou funcionam mal, os hospitais tem carências e morrem pessoas sem qualquer lamento por parte dos habituais sindicatos reclamantes, o Ralha dos impostos deixou de ralhar e agora só faz ralhetes e com sorrisos, a Fenprof avalia o jovem turco e o Mário Nogueira é o verdadeiro Ministro da Educação... Simplesmente uns tristes e uns vendidos esta gente.
  • JMC
    25 out, 2016 USA/EUA 14:52
    Como um leitor habitual e do exterior, aplaudo a coragem do Sr. Sarsfield Cabral por assim ter tomado uma posição nesse assunto polémico. Hoje em dia não deve ser muito popular confrontar os fieis camaradas do partido PCP, nem os bloquistas. Só espero que não for preciso mais um resgate.