29 set, 2016
Não se esperava que o Benfica caísse com estrondo em Nápoles, ainda que reconhecendo sempre as dificuldades com que iria defrontar-se no estádio de San Paolo.
Não obstante a sua maior experiência a nível de Champions, o campeão português sabia que este poderia ser o jogo mais difícil da fase de grupos, onde já tivera um deslize frente ao Besiktas.
E em apenas oito minutos, por força de um bloqueio incompreensível, o Benfica deitou tudo a perder. Em quatro golos, três dos quais em lances de bola parada, um mal benfiquista que parece de cura difícil, ficou destruída a possibilidade de disfarçar algumas deficiências que muito contribuíram para o desastre.
Poderão discutir-se algumas opções do treinador, sobretudo no que tem a ver com a escolha de Júlio César para a guarda da baliza do Benfica. O internacional brasileiro esteve de facto mal em alguns lances que marcaram a partida, mas as culpas não lhe podem ser assacadas em exclusivo.
Uma equipa abúlica, que não teve agressividade nem capacidade de reacção ao infortúnio, não podia esperar muito mais do que um resultado negativo.
É verdade que depois desta indigesta pizza napolitana, o Benfica ainda tem espaço para recuperação. Mas terá, forçosamente, de encarar os jogos que se seguem de uma forma completamente diferente.
Hoje, temos o Sporting de Braga na Ucrânia em jogo da Liga Europa.
Também neste caso não se esperam facilidades.
A partir de ontem à noite deixou de haver motivos para grandes optimismos.