26 set, 2016
O quarteto da dianteira cumpriu a sua obrigação vencendo em todas as frentes e, em quase todos os casos, sem ter necessidade de ultrapassar grandes obstáculos.
O Benfica manteve a liderança após um jogo que terá sido o mais difícil do fim-de-semana.
Ainda sem derrotas, o Desportivo de Chaves prometia dar luta em cada centímetro do campo, na tentativa de ficar sozinho no quadro da invencibilidade.
E a primeira parte da equipa de Rui Vitória quase deu asas a esse sonho.
Só que, na segundo tempo, e por influência directa de Mitroglou e de Pizzi, foi possível à águia passar a voar mais alto. Fica, no entanto, uma mão cheia de bom futebol exibido pela equipa transmontana, empurrada pelo seu público (estádio a abarrotar), e a deixar garantias de que a época não deverá ser marcada por grandes sobressaltos.
Ao contrário do Benfica, o Futebol Clube do Porto trabalhou bem na primeira parte para depois “descansar” na segunda. É verdade que venceu o vizinho e sempre rival Boavista mas, em boa verdade, permanecem dúvidas difíceis de esclarecer.
O modelo continua por encontrar, e a angústia aumenta na medida em que o treinador dos dragões continua a experimentar “onzes”, sem deixar perceber o que vai acontecer no dia seguinte. É hábito dizer-se que é preciso dar tempo ao tempo. Só que, em futebol, a contagem do tempo faz-se de forma diferente e, por ser um bem escasso, a sua falta torna-se por vezes fatal.
O Sporting navegou em águas calmas e cumpriu a exigência segundo a qual era necessário apagar cum urgência a má imagem deixada em Vila do Conde, uma semana antes.
E o adversário até veio a calhar. E teria sido mesmo uma exibição sem mácula, não fossem os últimos minutos em que dormindo uma soneca profunda a equipa de Jorge Jesus permitiu que o Estoril lhe furasse a baliza por duas vezes. Uma lição para aprender, e não deixar repetir.
Finalmente, o Sporting de Braga. Também vencedor, mas com maior dificuldade, tendo mesmo que chegar a uma “remontada” para assegurar os três pontos. É que o Vitória de Setúbal foi uma dor de cabeça durante praticamente todo o jogo.
Embalados por esta forte moralização, os clubes portugueses vão de novo desafiar a Europa.
Jogos diferentes e circunstâncias também diferentes. Espera-se no entanto (e deseja-se) que aqui haja unanimidade, os seja, que todos sejam capazes de dela (Europa) não sair com as mãos a abanar.