Emissão Renascença | Ouvir Online
Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
A+ / A-

​Dúvidas orçamentais

27 jul, 2016 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Houve uma forte baixa no investimento público, o que não pressagia nada de bom para o futuro.

As contas públicas do primeiro semestre do ano parecem ter entusiasmado o Governo e a própria Comissão Europeia. Aliás, os governantes portugueses, hoje, quase só falam na alegadamente boa execução orçamental, tendo deixado cair o crescimento económico. Este abranda significativamente, contrariando a aposta de A. Costa e M. Centeno de dinamizar a economia através de um maior consumo.

O abrandamento económico revela-se, aliás, num aumento da receita fiscal inferior ao previsto. Ora, sendo a meta do défice orçamental fixada em percentagem do PIB, se este fica abaixo do previsto, alcançar essa meta torna-se mais difícil.

Mas levantam-se outras dúvidas sobre os números da execução orçamental no primeiro semestre de 2016. Houve uma forte baixa no investimento público, o que não pressagia nada de bom para o futuro. Os pagamentos do Estado em atraso chegam, oficialmente, a 1.145 milhões de euros – e poderão ser mais. Também se assinalam atrasos nas devoluções de IRS.

Daí que seja de esperar, na segunda metade do ano, uma execução fiscal bem menos positiva.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Paulo
    28 jul, 2016 Ourique 06:23
    Reaccionário que tresanda
  • rfm
    27 jul, 2016 Coimbra 15:34
    a cruzada do Francisco Sarsfield Cabral, partidária contra o Governo, transforma-se, com decorrer normal do tempo (já la vão 9 meses), no anúncio e profecias constantes das trevas do final dos tempos, cujo fanatismo se aparenta com a atuação membros de saítas religiosas fanáticas de uma só visão, será que a cruzada de alguns cidadãos ditos católicos, em relação ao Governo de ofensiva, quase provocatória, aos partidos que suportam a maioria PS, BE, PCP e PEV, num alinhamento descarado com o PSD/CDS-PP, ML e outras corporações ultraliberais/maoistas expropriadoras, configura alteração de postura, como membros de seita se trate, contrariando isolando o Papa Francisco. Há coisas (de triste memória) que a hierarquia da Igreja e os seus mais próximo não deveriam repetir. um pouco de mais imparcialidade e bom senso seria positivo e desde logo para a continuação da Igreja abrangente que acolhe todos sem presunção !!!
  • Jose
    27 jul, 2016 Oeiras 11:42
    Era de esperar e o pior ainda está para vir!!
  • Luis
    27 jul, 2016 Lisboa 10:21
    No tempo do Traste de Massamá nunca tiveste dúvidas? Pudera.