29 jun, 2016
As vozes mais desbragadas que continuamos a ouvir por aí insistem na ideia de que a selecção portuguesa reúne todas as condições para se tornar na próxima campeã da Europa de futebol.
Depois de tanto pessimismo, que se passeou por todo o país com o maior à vontade, chegou a vez de inverter a rota e apontar em sentido completamente contrário.
Descaramento maior, no mínimo.
Sejamos realistas: a nossa selecção, e quando digo a nossa é mesmo a nossa e não a de Fernando Santos, pode continuar a apontar para aquilo que é o grande objectivo do seleccionador desde o início, ou seja, continuamos a ser candidatos, mas ainda longe do objectivo final, o de conquistar o título maior do velho continente.
Para casa voaram já algumas das mais prestigiadas formações, as últimas das quais as da Espanha e da Inglaterra, que haviam aportado a França para se baterem até ao fim.
Mas antes dessas, já outras haviam voltado as costas à competição.
Suiça e Croácia bateram igualmente na tecla do retrocesso, e após os primeiros três jogos Rússia, Roménia, Ucrânia e Suécia, entre outras, regressaram às suas origens.
Contrariando os mais cépticos Portugal está, neste momento, entre as oito melhores selecções da Europa.
O que não permite sonhar sem os pés bem assentes no chão.
Amanhã, cumpre-se mais uma etapa desta longa mas rápida corrida.
Mais uma prova de fogo para a selecção portuguesa.
Uma nova caixa de surpresas que só depois de aberta nos mostrará a realidade que se segue.