24 jun, 2016
Os problemas europeus e também os nacionais (que, em parte, se sobrepõem), além do futebol, têm naturalmente absorvido a nossa atenção. Mas vale a pena reparar no acordo de cessar-fogo “definitivo” ontem firmado em Havana entre o governo da Colômbia e os guerrilheiros das FARC.
Este acordo deverá pôr fim a mais de 50 anos de um conflito sangrento na Colômbia, único país da América Latina onde ainda persistem guerrilhas. Este conflito provocou 220 mil mortos e 5 milhões de deslocados. O acordo é um passo importante no sentido da paz.
Mas nem tudo está resolvido. É preciso que ambas as partes cumpram o que acordaram. E falta ainda definir algumas medidas delicadas. Falta, sobretudo, ratificar o acordo assinado. Os colombianos estão divididos sobre ele e deverão pronunciar-se, provavelmente em referendo ou através de uma assembleia constituinte.
Por outro lado, além das FARC, há na Colômbia um outro grupo de guerrilheiros, embora mais pequeno. Este grupo não aceita negociar um cessar-fogo. Por isso a paz está mais próxima, mas ainda não é uma realidade plena na Colômbia.