27 mai, 2016
Tem aumentado a preocupação com as desigualdades de rendimento, que não param de se alargar nas últimas décadas. São uma ameaça à coesão social em países ditos desenvolvidos e também em sociedades menos ricas, mas que conheceram um forte crescimento económico, como a China.
Accionistas e investidores há muito criticam ganhos dos gestores que julgam excessivos, mas agora começam a manifestar-se contra as diferenças crescentes entre os vencimentos dos gestores e os salários dos outros trabalhadores.
Diz o "Financial Times" que os accionistas se revoltaram contra os ganhos dos gestores do Deutsche Bank, Goldman Sacks, Citigroup, Renault, BP, etc. Ora tal revolta não tem tanto a ver com um alegado mau desempenho da gestão, como era habitual, mas sobretudo com a diferença entre os vencimentos dos gestores e os salários dos trabalhadores.
Em Portugal um estudo da Deco Proteste revela que os CEO (gestores de topo) de grandes empresas ganham, em média, 23,5 vezes mais do que os trabalhadores. Em 2015 os vencimentos dos gestores subiram, em média, 14% e os dos trabalhadores 3,5%.
Dá que pensar.