09 out, 2015
Merkel e Hollande foram ao Parlamento Europeu apresentar, unidos, o que pensam dos problemas da Síria e da crise dos refugiados, assim como do ressurgimento dos nacionalismos. O eixo franco-alemão está de volta? Nem tanto: quem realmente pesa é Merkel. E ela não escondeu que a integração europeia corre sérios riscos.
Curiosamente, um colunista do Washington Post, Ulrich Speck, defendeu esta semana que a UE, tendo entrado numa fase intergovernamental sob a égide de Merkel, consegue dar resposta aos desafios, apesar das dificuldades. Uma resposta política e não burocrática.
Trata-se de uma via em que o centro da UE é Berlim e não Bruxelas e que implica a multiplicação dos encontros e negociações entre os governos dos Estados membros, frequentemente ao mais alto nível. Um sistema informal, que não agrada a federalistas nem a nacionalistas.
O optimismo deste colunista americano é animador, face ao desânimo na UE, embora suscite muitas dúvidas. O pessimismo europeu não leva a lado algum e, de facto, Merkel não é pessimista. Veremos.