05 out, 2015 - 11:11 • Joaquim Vieira e Pedro Azevedo
O antigo central brasileiro Celso visitou Portugal e assistiu à vitória do FC Porto sobre o Chelsea para a 2ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.
Campeão europeu pelos dragões em 1987, Celso viu na equipa de Lopetegui potencial para lutar pela conquista da Champions. “O FC Porto pode voltar a vencer a Liga dos Campeões”, afirma sem hesitações. Para chegar ao sucesso na maior prova de clubes da UEFA, Celso sustenta que “a amizade e a união no balneário são importantes”. O antigo jogador considera que “as equipas estão muito niveladas na Europa e o FC Porto tem de acreditar que tem condições para vencer”, sublinha em entrevista a Bola Branca.
O FC Porto no coração e Viena na memória
Celso não vinha a Portugal há vários anos e no regresso aproveitou para matar saudades do clube onde alcançou os maiores sucessos da sua carreira: “Vim mostrar o país à minha família, apresentei-lhes também o clube que me projectou e o museu do FC Porto”.
A vitória de Viena em 1987 foi o momento mais alto da carreira de Celso, mas o jogador também não esquece o golo que marcou em Kiev, na meia-final. “Foi um golo importante porque nos levou a uma final onde conquistámos o título europeu. Foi marcante na minha carreira. Tudo o que vivi no FC Porto foi inesquecível. E a noite da final de Viena foi muito especial. Uma noite de muita emoção e alegria”, recorda.
Entre os companheiros da equipa de 1987, Celso menciona nomes com receio de esquecer alguns. “Lima Pereira, João Pinto, Gomes, Frasco, Futre, Madjer, Futre, Juary, Inácio, e todos os outros. Éramos uma família, juntamente com o presidente Pinto da Costa e os dirigentes Teles Roxo, Reinaldo Teles. Mas destaco todo o grupo sem esquecer o roupeiro Fernando Moreno. Ainda hoje mantenho o contacto com quase todos. Aquela equipa foi a semente do actual FC Porto de dimensão mundial”, considera.
Celso jogou três épocas no FC Porto entre 1985 e 1988, ganhou dois campeonatos, uma Taça, uma Supertaça, uma Taça dos Campeões e uma Taça Intercontinental.
Fora do futebol
Celso tem 59 anos e reside em Fortaleza. “Sou comerciante e estou bem no Brasil. O meu filho é preparador físico. Já não faço parte do futebol mas acompanho”, refere.
O antigo jogador começou em 1975 no Botafogo. Passou por Ferroviário, Ceará, Vasco, Atlético Paranaense, Santa Cruz e Bahia, antes de ingressar no FC Porto em 1985. No Dragão esteve durante três anos. No regresso ao Brasil ainda alinhou no Fortaleza, Goiás e Ferroviário.