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Legislativas 2024

Do "fim do bipartidarismo" ao resultado "aquém das expetativas". Partidos reagem às projeções

10 mar, 2024 - 20:39 • Marta Pedreira Mixão , João Carlos Malta , João Malheiro , Fábio Monteiro , Ricardo Vieira

Aliança Democrática vence sem maioria, indicam as projeções das televisões.

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Os partidos já começaram a reagir às projeções das televisões que apontam para uma vitória da Aliança Democrática (AD), com maioria relativa, nas eleições legislativas deste domingo.

AD destaca derrota da esquerda

Coube a Hugo Soares, cabeça de lista da AD em Braga (já eleito), reagir às projeções das televisões. O social-democrata foi cauteloso, mas admitiu que “aparentam uma vitória da Aliança Democrática”.

Soares não perdeu a oportunidade para também frisar que tudo indica que estas eleições representem “um dos piores resultados de sempre para a esquerda”.

“Apontam sobretudo para um grande sentimento de mudança no país. Aquilo que os resultados aparentemente projetam, nesta altura, é um dos piores resultados de sempre da esquerda e, aparentemente repito, uma vitória da AD”, afirmou o dirigente social-democrata.

PS admite resultado aquém do esperado

O diretor de campanha do líder socialista Pedro Nuno Santos, João Torres, assume na primeira reação dos socialistas às projeções dos canais televisivos que para o PS o “resultado que ficam aquém das expectativas”.

O responsável socialista diz que ao longo da campanha o PS trabalhou “com muito afinco e empenho”, mas “a democracia é assim mesmo”.

João Torres assume as projeções que apontam para que o PS tenha sido a segunda força política mais votada.

O mesmo responsável socialista assume que Independentemente do resultado deste domingo para o PS “abrir-se-ia sempre um novo ciclo”.

Torres diz que agora há que aguardar pela “divulgação dos resultados e a distribuição dos mandatos”.

No início da declaração, Torres quis ainda “saudar a descida da abstenção neste ato eleitoral”. ”A democracia vence sempre que conseguimos fazer com que mais pessoas votem”, acrescentou.

"Fim do bipartidarismo em Portugal" - André Ventura

Na chegada ao hotel Marriott, André Ventura apontou a "um resultado histórico" para o Chega, que pode chegar aos 20%, e defendeu que este dia assinala “o fim do bipartidarismo" em Portugal.

"A AD disse que queria uma maioria para governar, mas os portugueses disseram que querem um Governo AD e Chega", disse Ventura, referindo que as pessoas saíram de casa para votar Chega.

O líder do Chega afirmou que há uma “maioria forte” de direita e mostrou-se disponível para construir Governo.

Minutos antes, Pedro Pinto, dirigente do Chega, também falou numa “noite histórica” com “uma viragem” e “um grande resultado do Chega”.

“Já percebemos que o Chega vai, no mínimo dobrar, o seu resultado”, afirmou Pedro Pinto, acrescentando que, “certamente, vai ser muito mais do que isso”.

“O Chega é quem mais sobe e tem um grande resultado”, declarou Pedro Pinto.

"Há uma resistência por parte da CDU"

A CDU manifesta confiança de que vai resistir ao declínio de representação na Assembleia da República, onde tem atualmente seis deputados, apesar das projeções divulgadas às 20h00 apontarem todas para a perda de mandatos.

“Neste momento ainda estamos confrontados com as projeções, portanto, ainda estamos longe de saber quais são os resultados globais. Teremos de aguardar por eles. De qualquer maneira, aquilo que verificamos é que nos dados que são apresentados consideramos que há uma resistência por parte da CDU que consideramos importante”, afirmou Fernanda Mateus, membro da comissão política do Comité Central do PCP.

Em declarações aos jornalistas, a dirigente comunista reiterou a “coragem e determinação” no cumprimento dos compromissos assumidos com os trabalhadores, “independentemente do resultado final” destas eleições legislativas.

PAN pede serenidade

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, pediu serenidade depois de terem sido divulgadas as primeiras projeções dos resultados eleitorais.

"As projeções têm neste momento uma grande amplitude. Vamos aguardar com serenidade. O PAN faz muita falta no Parlamento. É importante termos essa representação para as causas que ao longo do ano temos defendido e, portanto, vamos aguardar com calma todos os resultados", disse Inês Sousa Real à chegada à sala do Rei, da Estação Ferroviária do Rossio, em Lisboa.

Ernesto Morais, membro da Comissão Política Permanente do PAN também frisou a "grande amplitude de resultados" pelas projeções.

Remetendo declarações mais longas para "resultados mais fiáveis", Ernesto Morais mostrou-se otimista: "estamos expectantes que a campanha que realizamos se irá traduzir num resultado bastante positivo nas urnas".

Livre festeja crescimento

A 'número dois' do Livre por Lisboa afirmou que as primeiras projeções sobre as legislativas de hoje "mostram que há espaço para a esquerda verde europeia em Portugal", mas manifestou cautela, esperando que ainda seja possível uma maioria à esquerda.

"Ainda é muito cedo para nos pronunciarmos sobre cenários nacionais e de governabilidade", começou por dizer Isabel Mendes Lopes, no Teatro Thalia, local onde está a decorrer a noite eleitoral do Livre.

[em atualização]

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