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Os grandes temas da atualidade em debate à Terça-feira, depois das 23h, na Edição da Noite. Uma parceria da Renascença com a Fundação Francisco Manuel dos Santos.
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Da Capa à Contracapa - O Ensino da Matemática - 23/06/2018

Da Capa à Contracapa

O ensino da matemática

23 jun, 2018


No programa deste sábado, o convite é para “fazer contas” ao ensino da matemática em Portugal. São convidados dois matemáticos: Filipe Serra Oliveira e António Bivar Weinholtz.

Há um problema no ensino da matemática? E que problema é esse? Mudar currículos é solução? E, a mudar, para que tipo de modelo? O que podem fazer os pais para ajudar os filhos desde cedo a suprir eventuais dificuldades na matemática?

São questões colocadas no Da Capa à Contracapa de hoje e debatidas pelos dois convidados.

Filipe Serra Oliveira é professor da Universidade de Lisboa e António Bivar Weinholtz tem trabalhado na reformulação de programas e metas curriculares; é autor de diversos estudos científicos, um deles “Fazer contas ajuda a pensar”. publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

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  • Gertrudes Abreu
    11 jul, 2018 Funchal 20:16
    Onde está a pluralidade e o debate de opiniões que é suposto uma rádio, supostamente um órgão de serviço público, apresentar aos seus ouvintes a propósito de um tema tão importante para todos como é o ensino e os programas de Matemática? Ora, estes senhores não sabem do que falam! Sabem Matemática a um nível superior, a Matemática das faculdades de há trinta anos atrás. Fizeram um programa nessa base, não sabem, porque o que afirmam só demonstra ignorância, o que se passa ao nível do básico e do secundário. Não conhecem as estruturas mentais dos alunos desse nível etário, desconhecem que há tecnologias que não podem ser ignoradas no ensino da Matemática, a tecnologia está na vida dos alunos, na vida da sociedade. Não se pode pedir a alunos deste século que aprendam Matemática como no tempo do Euclides, com um nível de formalização e de abstração que em nada contribuem para um bom desempenho em qualquer área das Ciências nas sociedades modernas. Os programas têm de ser apelativos, têm de fazer sentido para os alunos, têm de ser úteis e não o contrário, que é o que se passa com os programas atuais. Estes programas afugentam os alunos, o que significa que um destes dias não haverá alunos no ensino superior a estudar qualquer tipo de Matemática, foram desviados há muito!
  • Lurdes Figueiral
    09 jul, 2018 Porto 17:55
    Não ouvi o programa mas um debate sobre o ensino da Matemática em que os convidados são autores dos atuais programas, professores do ensino superior sem qualquer ligação ao ensino básico e ao ensino secundário e não ouvir professores é um mau serviço que me deixa duplamente surpreendida: pelo mau serviço à informação e à dignificação do jornalismo por parte da RR e pelo mau serviço ao debate científico e educativo por parte da Fundação FMS. Deviam ao menos disfarçar o quão tendenciosos são. Como presidente da APM sou testemunha das consequências nefastas que os atuais programas estão a provocar no ensino da Matemática e no gosto pela Matemática das nossas crianças e jovens. Ou quem organiza estes debates não tem professores, crianças e jovens a quem possam ao menos perguntar o que estão de facto a experimentar? Indigna-me como cidadã, como professora de Matemática e, já agora, como católica que sou (o que não é, para mim, um factor menos importante na luta que travo diariamente imersa nas estruturas — na escola, na APM, junto de tantos professores com quem contacto de norte a sul do país — por um ensino da Matemática que contribua para uma maior equidade e justiça no nosso sistema educativo).
  • Ana Paula Jardim
    24 jun, 2018 Funchal 21:55
    Gostaria de informar o professor Filipe Oliveira que os programas continuam a não se cumprir! Mesmo com os cortes sugeridos pelo referido grupo de trabalho os programas são extensos, transitam temas de um ano para outro e ao programa de 12º foram "cortados" vários temas, para se poder "cumprir". Os programas de 10.º e 11.º continuam a não se cumprir! Só alguns professores conseguem cumprir minimamente o que se aponta porque a carga horária de que dispõem é superior à que é apontada nos programas. Gostaria que o professor, que é matemático, experimentasse um pouco do ensino básico ou secundário. Penso que possivelmente não aguentaria muito tempo pois esse mundo de matemática que quer para os nossos alunos não é para todos.... Apenas uma mínima parte dos nossos alunos chegarão um dia a ser matemáticos ou professores de matemática, os outros terão outras profissões que são tão importantes como ser matemático, mas para as quais não precisam de conhecer tão profundamente tanto teorema de matemática. Relembro que grande parte dos nossos alunos estão a afastar-se das áreas cientificas e isso será um problema não apenas para nós professores do secundário ou para os colegas que estão no superior, será um problema para o país, porque, a continuarmos por este caminho, daqui a um futuro não muito longínquo, teremos falta de muitos profissionais das ciências porque foram à procura de áreas que além de os obrigar a trabalhar também lhes dá prazer.
  • Ana Cristina Tudella
    24 jun, 2018 S.D.Rana 17:03
    Lamento imenso este programa de "desinformação"! Como é possível a RR fazer um programa sobre o ensino da Matemática no ensino básico e secundário e não convidar um professor destes níveis de ensino, ou um que trabalhe na área da didática desta disciplina? Como é possível convidar apenas dois matemáticos (ambos autores dos atuais programas e metas curriculares de Matemática)? Onde há espaço para a discussão de ideias?
  • Arinda Fernandes Rod
    23 jun, 2018 lisboa 21:41
    Um dos seus convidados referiu que a critica de que os programas de matemática são demasiado extensos não tem fundamento. Ora, só pode dizer isso quem há muito tempo não está em contacto com a realidade escolar. Sou professora de geografia e oiço constantemente os meus colegas de matemática a dizerem que não podem trabalhar devidamente com os alunos e treiná-los, porque têm de dar o programa e que este é demasiado extenso, o que prejudica gravemente o trabalho e a aprendizagem dos alunos. Seria bom que, para este tipo de programas convidassem quem está no terreno e não quem só sabe opinar sobre uma realidade que não conhece pela experiência.
  • Jaime Silva
    23 jun, 2018 Coimbra 16:28
    Foi de uma deselegância suprema, o meu nome ter sido referido e criticado, e terem-me sido atribuídas conceções que não são as minhas (não sou contra a avaliação sumativa) e insinuações torpes de defender o que defendo por ter sido até há pouco tempo vice-presidente da APM, com ideias "erradas", sem me ter sido dada oportunidade de defesa e explicação. Também fui membro da direção da SPM há uma vintena de anos atrás e sou militante ativo tanto da APM como da SPM. Tomo nota e não esquecerei quem tem tal comportamento, incluindo a própria Rádio Renascença que convida duas pessoas que fizeram parte da mesma equipa no mesmo Ministério que não dialogou com ninguém! A RR pode convidar quem quiser mas não pode dizer que está a fazer bom jornalismo!