18 mai, 2018 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
“Os vinhos são como os homens: com o tempo, os maus azedam e os bons apuram”.
A frase é atribuida a Marco Tulio Cícero, um dos maiores oradores da Roma Antiga.
E se Portugal é um país de tradição vinícola deve-o sobretudo aos romanos. Aliás, o centro do império foi o primeiro destino de exportação dos vinhos portugueses.
Atualmente, Portugal é o nono maior exportador de vinhos em todo o mundo. São 778 milhões de euros por três milhões de hectolitros.
Valores que não se comparam aos de Espanha, França ou Itália, mas para a dimensão do nosso setor vinícola já não é nada mau. Aliás a presença portuguesa no top 10 dos exportadores tem sido uma constante ao longo dos anos.
A produção aumenta e a qualidade é reconhecida.
Lá fora e também cá dentro. De acordo com os números mais recentes do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), Portugal consumiu quatro milhões e meio de hectolitros de vinho. Não é muito, mas faz dos portugueses os maiores consumidores de vinho per capita. 51,4 litros que correspondem a mais de 70 garrafas de vinho por pessoa.
A imagem pode sugerir que estaremos a beber demais. Só que este número diz respeito à quantidade total de vinho vendido em Portugal.
E muito deste volume de negócio são garrafas que os turistas estrangeiros compram como recordação. Ou seja é vinho português, mas consumido lá fora. Uma outra forma de exportar este produto tão nosso.
No plano global, o mais recente relatório da Organização Internacional da Vinha e do Vinho diz que a produção vinícola é responsável por 7,6 milhões de hectares de superfície terrestre. 13% em Espanha, 12% na China, 10% em França e 9% em Itália.
250 milhões de hectolitros de vinho foram produzidos em 2017. Ainda assim menos do que no ano anterior.
Mas voltemos a Portugal, país onde por estes dias as temperaturas sobem ainda por cima às portas do fim de semana.
Se tem almoços ou jantares com familiares e amigos, é provável que vá um copinho ou outro. Mas não abuse.
De acordo com a GNR, regista-se uma média diaria de cinco acidentes de viação envolvendo condutores alcoolizados.
E o aumenta 140 vezes o risco de morte ao volante.
Por isso, a melhor opção é brindar à vida. Sempre com moderação.
E bom fim de semana!