14 fev, 2018
No recomeço das hostilidades, a Liga dos Campeões Europeus ofereceu-nos ontem apenas um aperitivo de razoável qualidade. E assim, foram esclarecidas todas as dúvidas quanto a um dos pares da eliminatória, enquanto o outro deixou tudo para daqui a uma semana, ao deixar cair uma vantagem que chegou a parecer insuperável.
Campeões ingleses trataram, assim, de transformar em passeio o compromisso já calendarizado para daqui a uma semana, passando agora a preocupar-se mais com as dificuldades que vai ter de enfrentar no próximo fim-de-semana no campeonato do seu país.
O mesmo não se passará com o campeão italiano, que teve na mão a possibilidade de passar a semana em sossego, mas que, depois de ter adquirido vantagem, acabou por deitar tudo a perder.
Ao contrário, temos hoje pela frente dois embates onde não há facilidades à vista e, muito menos, favoritos antecipados.
Num dos casos, teremos no estádio Santiago Barnabéu o jogo do dia com o Real Madrid a servir de anfitrião ao Paris-Saint-Germain, num desfile de estrelas que, veremos, vão hoje refulgir umas mais do que as outras.
Em avaliação ao momento de ambos pode dizer-se que os franceses atravessam melhor momento do que os espanhóis. Só que, como diz o povão, cada jogo é um jogo, podendo Cristiano Ronaldo fazer um apelo à sua condição de melhor jogador do mundo, e Neymar vacilar perante as luzes incandescentes do Barnabéu.
Mas, para nós, é no estádio do Dragão que se vão acender todos os holofotes.
Futebol Clube do Porto e Liverpool já se enfrentaram por quatro vezes, sem que os dragões tenham conseguido sair por cima uma vez sequer, o que não significa que desta vez os portugueses não consigam quebrar o cântaro.
Forte, nesta altura, a equipa da cidade dos Beatles pode surgir no Dragão como favorita.
Mas com a certeza de que vai enfrentar um grupo com muita qualidade e a passar por momentos de “peito cheio”, que lhe pode causar embaraços para o jogo da segunda mão no Anfield daqui por alguns dias.
A jornada de hoje promete. Por isso, de vez em quando também á saudável fugir à rotina do nosso campeonato, que tantas vezes se joga mais fora do que dentro dos campos.
Na Champions não há tempo para futilidades.