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​Gratidão e mudança

29 abr, 2024 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Com Frederico Varandas, Rui Costa e André Villas-Boas, talvez seja possível encontrar novos caminhos que conduzam o futebol português a um espaço europeu diferente.

Gratidão e mudança foram as palavras mais ouvidas no decorrer da campanha eleitoral do Futebol Clube do Porto que neste domingo culminou com a arrasadora vitória de André Villas-Boas sobre o muito desgastado Jorge Nuno Pinto da Costa.

No mesmo dia, um clássico que deixou tudo na mesma, com os portistas ainda em risco de poderem ficar de fora das próximas competições europeias de futebol.

Quanto ao Porto-Sporting pudemos assistir à excelente exibição dos portistas, frente a um Sporting que terá realizado uma das piores exibições da temporada, e que poderia ter terminado com um resultado diferente, a favor dos Dragões.

Só que, quem tem Gyökeres, mesmo em sub-rendimento, arrisca-se a ser capaz de contrariar o andamento de qualquer jogo, e foi isso que aconteceu.

Os escolhidos por Sérgio Conceição chegaram facilmente à vantagem de dois golos, que até poderiam ter ampliado mas, quase no declinar do tempo e em menos de dois minutos, o sueco colocou outra verdade no resultado, e assim os leões saíram do estádio com a porta do título ainda mais escancarada.

No que respeita ao acto eleitoral, a primeira parte está concluída: Villas-Boas, com um resultado histórico, encerrou o reinado de 42 anos de Pinto da Costa, e com ele o anúncio de um ciclo novo de um dos mais renomados clubes nacionais e mundiais.

Agora vai certamente começar o tempo da mudança, dando ao clube nortenho uma nova e rejuvenescida face que o coloque ao nível dos grandes baluartes internacionais.

Vai ser necessário efectuar um grande e longo trabalho, mas o novo líder já deixou ideias e propósitos bem claros nesse sentido.

Tudo isto não faz no entanto esquecer a gratidão que a massa associativa tem para com Pinto da Costa, que apenas cometeu o pecado de se ter deixado eternizar num cargo no qual, a certa altura, já não seria o dominador abrangente de todas as situações, como parecia ser necessário.

Agora, com três Presidentes jovens, Frederico Varandas, Rui Costa e André Villas-Boas, talvez seja possível encontrar novos caminhos que conduzam o futebol português a um espaço europeu diferente daquele que tem percorrido nos últimos e longos anos.


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