Ouvido no Parlamento, Matos Fernandes contraria declaração da ex-presidente do Conselho de Administração da Transtejo, ouvida pelos deputados há sete dias.
Em causa está a compra de nove baterias, por 15,5 milhões de euros (ME), por 52,4 ME, de dez novos navios com propulsão elétrica a baterias, um deles já com bateria para testes.
Alexandra Ferreira de Carvalho adiantou que os navios são antigos e estão a avariar constantemente, contudo, com a entrada em funcionamento dos cinco que se encontram no estaleiro e que conta ter em funcionamento ainda este ano, consegue assegurar as ligações de forma a não ter tantas supressões como as que têm sido verificadas.
Marina Ferreira foi ouvida esta quarta-feira no Parlamento, onde falou sobre o caso dos barcos comprados sem baterias. Disse que a linguagem usada pelo Tribunal de Contas foi jocosa e inédita e garantiu que a administração da Transtejo “não era inepta, sempre defendeu o interesse público e foi muito corajosa na decisão de comprar novos navios elétricos”.
Dos barcos previstos entre Barreiro e Lisboa, o serviço estará interrompido entre as 12h55 e as 16h15, enquanto no sentido inverso entre as 13h25 e as 16h40.
Os trabalhadores da Soflusa e da Transtejo (as duas empresas têm uma administração comum) têm realizado várias greves nos últimos meses, reivindicando a reposição do poder de compra e a melhoria geral das condições de trabalho.
Na página oficial da Internet, a empresa adianta que está prevista a interrupção do serviço regular em diferentes períodos da tarde, consoante a ligação em causa.
Conselho de administração da Transtejo apresentou demissão há cerca de um mês, na sequência da compra de navios elétricos sem baterias. Alexandre Santos é o novo vogal com o pelouro da área financeira. Terceiro elemento "será indicado em breve".