Apesar dos avanços contra a exploração laboral, o docente Manuel Sarmento, do Instituto de Educação da Universidade do Minho, pede especial atenção à população migrante, mais vulnerável a situações de exploração.
A Organização Internacional do Trabalho pretende encorajar ações legislativas e práticas para erradicar o trabalho infantil em todo o mundo em quatro anos. Uma tarefa difícil, quando se constata que só para aprovar a Convenção sobre as piores formas de trabalho infantil foram precisos 21 anos para ter a assinatura de todos os 187 Estados-membros. Apesar dos progressos da última década, ainda há cerca de 152 milhões de crianças a trabalhar.
A OIT estima que existam mais de 152 milhões de crianças em trabalho infantil, 73 milhões das quais, na realização de trabalhos perigosos. A pobreza das famílias leva a que as crianças também sejam chamadas a contribuir para o seu sustento.
Após 20 anos de progresso, em que o trabalho infantil deixou de existir para cerca de 94 milhões de crianças, a pandemia pode obrigar a que, pela primeira vez desde o ano 2000, se verifique um aumento do trabalho infantil. O alerta consta de um relatório conjunto da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).