O objetivo é "apurar e prevenir interferência política abusiva no sistema bancário português". A proposta contou com os votos contra de PS, PCP, BE e Livre, a abstenção de PSD e PAN e o voto favorável de Chega e Iniciativa Liberal.
Num "Costa contra Costa", o ex-governador do Banco de Portugal lançou a "primeira pedra" sobre as suspeitas que atualmente recaem em António Costa. Entre favorecimentos na venda do Banif e a alegada proteção de Isabel dos Santos, o primeiro-ministro refuta novamente o que considera serem acusações "falsas e ofensivas". Mas o livro ainda terá final em aberto.
Principal partido da oposição considera que o pedido de mais tempo feito pelo primeiro-ministro para responder às 12 questões do PSD sobre resolução do Banif e o afastamento da empresária Isabel dos Santos do BIC é prova de que Costa "não está de consciência tranquila".
O pedido é justificado por "estar ainda em curso a recolha de informação para resposta à mesma, que se reveste de alguma complexidade por reportar a acontecimentos ocorridos há mais de 6 anos".
Os sociais-democratas dirigiram 12 perguntas ao primeiro-ministro para esclarecer declarações do ex-governador do Banco de Portugal, quer sobre a resolução do Banif, quer sobre o afastamento da empresária Isabel dos Santos do BIC.
Ventura acredita que o momento para investigar “é agora” e questiona se o PSD está a fazer “manobras dilatórias” para impedir uma investigação ao universo Banif. Chega espera conseguir os 46 deputados com a ajuda do PSD, IL e esquerda.
Na apresentação do livro “O Governador”, o antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes afirmou esperar que “o Ministério Público possa ler os capítulos do livro que têm a ver com o Banif, e se ler não pode deixar de abrir uma investigação criminal”.
À imagem do que aconteceu com a resolução o Banco Espírito Santo, que foi divido num “banco bom” e “banco mau”, o Banif também foi partido ao meio no momento da resolução. Em 2015, os ativos considerados de “boa qualidade” foram vendidos ao Santander Totta por 150 milhões de euros. Já os de “má qualidade” passaram a ser responsabilidade e geridos por uma sociedade anónima – a Oitante, S.A. -, constituída pelo Banco de Portugal.