A dirigente do SOS Racismo afirmou que "não há histórico de violência" por parte dos movimentos antifascistas e que tem vindo a ser estudada a "infiltração de forças da extrema-direita nas polícias".
Confrontos ocorreram após cerca de meia hora de provocações mutuas entre os dois movimentos que se encontravam separados por poucos metros. Além de cãnticos, houve arremesso de balões com tinta, tochas e potes de fumo.
A associação acusa o presidente da Assembleia da República de prestar um "péssimo serviço à democracia" e defende que a "liberdade de expressão não pode servir de biombo para legitimar o racismo".
A diretora executiva de uma instituição da Igreja, o Centro Padre Alves Correia, diz que os agressores, também menores, proferiram frases racistas e xenófobas durante as agressões. Dois meses depois, a vítima ainda acorda à noite com pesadelos e tem medo de ir à escola. Há 11 dias, o Porto foi palco de agressões violentas a imigrantes e, em Lisboa, na freguesia mais multicultural do país teme-se também que aconteçam situações semelhantes.
Os acontecimentos "não estão desligados do discurso de ódio, de racismo e de xenofobia que vai sendo propagandeado na sociedade portuguesa por forças políticas reacionárias e antidemocráticas".
Pedro Nuno Santos considerou existir "um discurso e uma atmosfera que incita ao ódio, à divisão, ao ressentimento", o que "torna o terreno fértil depois para a violência", que tem de ser "combatida sem hesitação".