“Disponibilidade para a renovação” é um dos contributos da Igreja em Portugal para o Sínodo, garante D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra, após a primeira reunião da visita ad limina dos bispos portugueses. Já o Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, assume, a propósito do segundo encontro do dia, que, perante o envelhecimento das comunidades religiosas e a diminuição do número de elementos das mesmas, está em curso “um processo de amadurecimento” desta realidade
Relatório da Consulta Sinodal insiste na necessidade de aprofundar "questões doutrinais e pastorais" como "a moral sexual, o celibato dos padres, a possibilidade de ordenação de mulheres" e aponta para a defesa da "família no centro da vida eclesial".
A presidente do Conselho Nacional do Laicado Brasileiro participou nos trabalhos do Sínodo e considera que depois da primeira parte dos trabalhos "não dá para pensar mais numa Igreja clericalista". Em entrevista à Renascença e à Agência Ecclesia, Sónia Gomes de Oliveira defende que "rompe-se o clericalismo com formação"
Membro da Comissão de Comunicação do Sínodo sublinha o facto do relatório de síntese da primeira sessão da Assembleia-geral do Sínodo sobre a Sinodalidade ter sido aprovado por uma maioria qualificada.
Os mais de 380 membros sublinham que os trabalhos do Sínodo não foram alheios ao contexto "de um mundo em crise". No final da primeira sessão do atual Sínodo, "há questões em aberto".
No arranque do Sínodo dos Bispos, o Santo Padre apelou ao discernimento, porque “é o Espírito Santo que toma conta da Igreja e cria a tão desejada harmonia”.
Padre Tony Neves não esconde “expectativas altas” em relação aos trabalhos que arrancaram esta quarta-feira, no Vaticano, e ao fim do processo, em 2024. Em entrevista à Renascença lembra que as fases preparatórias do Sínodo mostraram claramente que “há aspetos na vida da Igreja que têm de mudar”, e não tem dúvidas de que já houve “ganhos que já não se vão perder”.
Na abertura do Sínodo dos Bispos, Francisco deixou claro que não quer esquemas, “feitos de estratégias humanas, cálculos políticos ou batalhas ideológicas” e convidou os participantes a discernir o presente para ser “uma Igreja que, no meio das ondas por vezes agitadas do nosso tempo, não desanima, não procura escapatórias ideológicas, não se barrica atrás de convicções adquiridas, não cede a soluções cómodas, nem deixa que seja o mundo a ditar a sua agenda”.