Em 2020, mais de 22 milhões de crianças perderam a primeira dose da vacina contra o sarampo, mais três milhões do que em 2019, o que representa o maior aumento em duas décadas e cria “condições perigosas para a ocorrência de surtos”.
Em abril foram administradas cerca de 250 mil vacinas, quase metade do número registado no mesmo mês de 2019. "É absolutamente necessário que rapidamente sejamos capazes de repor o plano de vacinação", adianta o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
A maioria das mortes ocorreu em crianças menores de cinco anos. Organização Mundial de Saúde diz que óbitos relacionados com doenças evitáveis por vacina, como o sarampo, são "um ultraje e um fracasso coletivo".
Boletim sobre Programa Nacional de Vacinação aponta ainda que o mesmo número de crianças dessa idade não estava vacinada contra a meningite C no ano passado.
Até agora apenas três vacinas eram obrigatórias no país. Entre outras juntam-se agora à lista as vacinas contra o sarampo, papeira, rubéola, hepatite B e meningite C.