A retórica das pensões baixas está a esconder os enormes custos que o país paga para os políticos no Governo andarem a comprar os votos dos reformados.
A Murpi quer ver reposto o poder de compra dos pensionistas e reformados, exigindo que a partir de janeiro de 2024 haja um aumento de 7,5% para todas as pensões, num mínimo de 70 euros.
O valor de pensão que chega à conta dos pensionistas da CGA reflete também o novo modelo de retenção na fonte do IRS e que para muitos irá traduzir-se numa redução do valor de imposto pago mensalmente.
Estão agendadas manifestações em várias cidades do país para exigir, por exemplo, medicamentos gratuitos para doentes crónicos, um envelhecimento "com qualidade de vida e segurança" e investimentos no Serviço Nacional de Saúde para assegurar a igualdade de acesso aos serviços de saúde.
O Governo aprovou este decreto na segunda-feira, em reunião extraordinária do Conselho de Ministros, segundo o qual "as pensões até 12 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS) são atualizadas em 3,57%, por referência ao valor de dezembro de 2022, com efeitos a partir de 01 de julho de 2023".
"Eu nunca tive dúvidas que ia acontecer", diz o Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa destaca, ainda, o facto de o cálculo para o aumento pensões em 2024 ter por base o aumento intercalar de julho deste ano.
Após a decisão do Conselho Constitucional na sexta-feira, os sindicatos solicitaram a Macron que "não promulgasse a lei", mas o Presidente não aceitou o pedido.