Rui Pereira, antigo ministro da Administração Interna, pede fiscalização mais apertada no acesso a armas. André Inácio, diretor de pós-graduação em Criminologia da Universidade Lusófona, lembra que já tinha avisado para a degradação da segurança do país, "ainda antes do RASI 2023".
Comemora-se, esta terça-feira, o Dia Mundial Contra o Tráfico de Seres Humanos. Número de casos sinalizados em 2024 está em linha com o de anos anteriores, diz Rita Penedo, diretora do Observatório do Tráfico de Seres Humanos, à Renascença. “O setor da agricultura é aquele onde, em termos de regularidade anual, existem mais sinalizações e também mais vítimas confirmadas.”
A sociedade falha, o Estado Social falha, todos nós falhamos, em todas as vezes que não monitorizamos a aplicação de uma medida de promoção e proteção, a que foi sujeita uma criança e, assim, vamos permitindo que esta venha a encontrar na delinquência, bem como no consumo de estupefacientes a resposta para as suas dores.
A autorização dos Estados Unidos à Ucrânia para utilizar armamento norte-americano contra objetivos militares em solo russo foi o ponto de partida para o Visto de Fora em que Begoña Iñiguez e Olivier Bonamici também falaram da visita de Zelensky a Portugal e das buscas ao Parlamento Europeu por suspeitas de interferência russa na UE. Campanha para as europeias, segurança interna e saúde foram os temas nacionais analisados esta semana.
Quase metade dos registos "teve um forte envolvimento do fator humano, nomeadamente os do tipo "Phishing" (fraude eletrónica para obtenção ilegal de dados pessoais) e Engenharia Social".
Relatório Anual de Segurança Interna apresentado no Parlamento. Crimes ligados ao tráfico de droga aumentaram, nível da ameaça terrorista foi aumentado para significativo depois do ataque do Hamas e da resposta de Israel. RASI 2023 aponta que foi no movimento ambientalista de matriz anticapitalista que se observou uma maior radicalização, com atos de vandalismo.
"Nessa sequência entendeu o Governo ser necessário introduzir algumas alterações às orientações estratégicas para o corrente ano", avança o Ministério da Administração Interna.
"Poderá não haver um real aumento de criminalidade", mas sim um aumento do número de queixas às autoridades, com a consequente diminuição das chamadas cifras negras, afirma Hugo Costeira.
Criminalidade sobe pela primeira vez em quase uma década. Crimes violentos aumentaram 3% no ano passado, relativamente a 2018, tendo sido registados 14.398 crimes violentos, 40 por dia.