A fúria ideológica “anti privada” (responsável pelo desaparecimento de 24 colégios num ano e a quase eliminação dos chamados contratos de associação) acabou, como se temia, a nivelar por baixo e a fazer dos estabelecimentos privados pequenas bolhas de meninos privilegiados. Resumindo: deu-se mais um passo na quebra do elevador social que a nova vaga de fundos comunitários tem obrigação de reparar.
O que houve, diz Jorge Costa à Renascença, foi a “adequação da prova àquilo que os alunos terão efetivamente aprendido”, estrutura que se “vai manter este ano”.
Viana do Castelo foi o distrito mais bem posicionado no novo indicador do ranking das escolas, designado "Equidade", tanto no ensino básico como no secundário. O que explica este sucesso? A Renascença visitou as duas escolas que mais promoveram a equidade entre alunos, no ano letivo de 2018-2019, e falou com uma investigadora da Universidade do Minho para procurar explicações.
Nas últimas duas décadas, o Ministério da Educação passou a disponibilizar anualmente, a pedido dos órgãos de comunicação social, dados sobre os resultados dos alunos nos exames e provas nacionais.
Diretores escolares, diretores pedagógicos de colégios e docentes foram apontados como sendo os responsáveis e, por isso, sobre eles recaíram as sanções que "variaram entre a repreensão escrita, a multa e a suspensão de funções".
A Renascença apresenta um comparador de nota, que lhe permite avaliar a diferença entre a classificação de um exame e a média nacional, da escola que frequenta, do município e distrito onde vive.
O ministério da Educação divulgou, pela primeira vez, um indicador que permite avaliar a promoção do sucesso educativo dos alunos mais carenciados. Leonor Lima Torres, investigadora no Departamento de Ciências Sociais da Educação da Universidade do Minho, reconhece a relevância deste novo instrumento de avaliação, mas deixa um alerta face a um possível “efeito perverso” da instrumentalização do indicador.