Nos últimos 50 anos, o país perdeu mais de um milhão de crianças e jovens. Na visão do comentador da Renascença, na base deste retrato demográfico estão razões económicas e culturais.
Segundo a Pordata, e tendo por base dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2022, viviam em Portugal 1,3 milhões de crianças e jovens até aos 15 anos.
Do copo-de-água à lua-de-mel, dar o nó está cada vez mais caro em Portugal - e já há casais a adiar a cerimónia. Mas a oferta não acusa quebras na faturação.
Dados da Pordata revelam que entre os grupos mais vulneráveis está a população idosa e que o risco de pobreza aumentou nas famílias com dois adultos e duas crianças. 18,5 % das crianças e jovens vivem em situação de pobreza.
Os dados da Pordata revelam uma realidade dura para esta faixa etária. Seis em cada 10 jovens empregados têm vínculos de trabalho precário. Quase 25% surge em situação de pobreza ou exclusão social.
João Duque olha para o envelhecimento da população portuguesa e alerta para as “consequências dramáticas”, se nada for feito. Até agora – diz – o problema tem sido tratado com “uns pensos rápidos aqui ou acolá”.
Os trabalhadores das cinco atividades que mais dinheiro geram em Portugal têm um salário mais baixo que a média. As mulheres ganham, em média, menos 224 euros por mês que os homens. Portugal é o 4.º país da UE com menor produtividade no trabalho.
Cerca de 4,5 milhões de portugueses tinham rendimentos abaixo dos 554 euros mensais, em 2020. No primeiro ano da pandemia, a pobreza em Portugal aumentou cerca de 12,5%. Portugal é o 13.º país mais pobre da União Europeia.
Em seis décadas, o país mudou e o número de matrimónios caiu a pique, quase para metade, e a dimensão média das famílias portugueses encolheu. Dia Internacional da Família assinala-se no domingo.