Em entrevista à Renascença, o antigo ministro social-democrata considera que o caso está longe de estar esclarecido e mostra-se bastante crítico da atuação do SIS que agiu como “uma polícia dirigida pelo Governo”.
O social-democrata admite que Portugal tem de ter relações institucionais com o Qatar, mas rejeita que isso implique a ida de Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa para apoiar a seleção. Poiares Maduro diz que as palavras do Presidente da República, no final do Portugal-Nigéria, sobre os direitos humanos no Qatar, foram "infelizes"
"De pouco serve unir todo o espaço não socialista se as diferenças no seu seio forem tão ou mais graves do que as que nos separam do outro lado", adverte o antigo ministro.
Na sequência da polémica sobre as incorreções do currículo do procurador europeu José Guerra, o especialista em Direito Europeu, Miguel Poiares Maduro, admite que a existência de “informações objetivamente falsas" numa posição oficial do Governo pode “fragilizar sem dúvida" a posição da ministra da Justiça.