Começou o dia, às 6 da manhã no Terreiro do Paço a fotografar Salgueiro Maia. Acabou o dia 25 de Abril de 1974 a fotografar na sede da PIDE. Eduardo Gageiro é um dos jornalistas que fotografou as horas da Revolução. Recorda que não teve medo e se sentiu um resistente.
Há 50 anos, cinco pessoas morreram na Rua António Maria Cardoso. Mas o 25 de Abril ficou para a história como uma revolução “sem sangue”. Para as famílias, a falta de memória “é um insulto”. A irmã de uma das vítimas confrontou Marcelo Rebelo de Sousa com a falta de referência às vítimas nas comemorações. O Presidente ficou sem resposta.
O cantor Francisco Fanhais lembra à Renascença o episódio da gravação da música que viria a ser uma das senhas da Revolução, no dia em que Grândola inaugura um novo museu.
“Informadores da PIDE – A Tragédia Portuguesa” é o nome livro da investigadora Irene Flunser Pimentel. A obra revela que, o que a PIDE “mais queria” era recrutar informadores dentro do PCP e que também controlava funcionários do Estado Novo para saber se eram fiéis. Em 1974 haveria cerca de 20 mil colaboradores da PIDE.