O que têm em comum João Gomes Cravinho, o Rei da Holanda e o novo bispo de Trondheim, na Noruega? Todos completaram o secundário num colégio internacional criado com o objetivo de formar futuros líderes para a paz.
Francisco apela aos governos que sigam o rumo comum da globalização, com rosto “verdadeiramente humano” e volta a sugerir, na mensagem para o Dia Mundial da Paz, a criação de um fundo mundial com o dinheiro gasto em armas.
O Prémio Nobel da Paz foi atribuído este ano ao Programa Alimentar Mundial. Durante a cerimónia online da receção do Prémio, o diretor-executivo do programa das Nações Unidas, David Beasly, deixou um alerta: "por um lado, depois de um centenário de enormes avanços na eliminação da pobreza extrema, 270 milhões dos nossos vizinhos estão no limiar da fome. Isso é mais do que toda a população da Europa ocidental". Numa altura em que, apesar da pandemia, a riqueza continua a aumentar no mundo, Beasly sublinha que "precisamos de apenas 4,1 mil milhões de euros para salvar 30 milhões de vidas da fome extrema. O que é que me está a escapar aqui?".
Os líderes religiosos reuniram na terça-feira, em Roma, para um encontro internacional pela paz promovido pela Comunidade de Santo Egídio. O tema do encontro foi “Ninguém se salva sozinho” e contou com a presença de representantes das principais comunidades religiosas do mundo, como o Patriarca Bartolomeu de Constantinopla, firme parceiro do Papa no diálogo inter-religioso. Estiveram também líderes religiosos budistas e muçulmanos, para além de outras religiões orientais.
A atual pandemia de Coronavírus só vem realçar a importância do trabalho conjunto para acabar com as guerras e construir um mundo mais fraterno, dizem os líderes religiosos que, em conjunto com o Papa, assinaram uma declaração em Roma.
"O cristão não pode deixar de se sentir responsável pela sorte do próximo", considera o Papa, sobretudo pelos mais pobres, “os mais parecidos com Jesus”. Francisco falava durante a homilia no encontro internacional pela paz, que se realiza em Roma, com a presença de representantes das principais religiões do mundo.
O Comité norueguês escolheu para Nobel da Paz o Programa Alimentar Mundial, uma agência especializada da ONU. “As Nações Unidas não pararam, António Guterres não parou e este reconhecimento mundial é justo”, afirma o Presidente.
O Programa Alimentar Mundial é o Nobel da Paz deste ano. As reações não se fizeram esperar. A Renascença ouviu a Amnistia Internacional, que aponta conflitos que têm contribuído para a fome mundial, a Helpo e o Banco Alimentar. Mas há mais.
PAM recebe o prémio "com profunda humildade" e considera a nomeação "nada menos do que uma façanha", tendo em conta os tempos difíceis da pandemia. O Programa foi o escolhido dentre 318 candidatos, entre os quais Donald Trump. Entrega do prémio prevista para 10 de dezembro, na Noruega.