O politólogo da Universidade de Macau Eilo Yu fala de um crescendo de protestos contra as políticas de covid zero na China, nas últimas semans, e que teve no incidente de Xinjiang um novo rastilho. A novidade é que agora os protestos tornaram-se mais abrangentes e os alvos são também quem parecia intocável: o Partido Comunista Chinês e o presidente Xi Jiping.
No último discurso de Jerónimo de Sousa como líder comunista ficaram os alertas sobre a maioria absoluta do PS "alcançada na base de uma operação de chantagem e mistificação". O ainda secretário-geral do PCP define ainda o caderno de encargos do sucessor: reforço do partido ou "a ligação e o trabalho com outros democratas e patriotas".
Jerónimo de Sousa faz, este sábado, o último discurso como secretário-geral do PCP e, no domingo, Paulo Raimundo é entronizado como o novo líder. Partido procura agora recuperar as bases, chegar aos jovens e intensificar a presença nas ruas.
De metalúrgico a secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa deixa os comandos do Partido Comunista ao fim de 18 anos. Fica para a história como o líder que derrubou o "muro" com o PS.
Contra todas as previsões, o Comité Central escolheu um novo secretário-geral desconhecido do público em geral. Quem é o homem que vai ocupar a cadeira que foi de Jerónimo de Sousa durante 18 anos?