Aos jornalistas, na viagem de regresso de Juba, no Sudão do Sul, o Papa Francisco voltou a falar sobre a forma como a Igreja Católica vê os homossexuais. Revelou também que ainda não foi a Kiev, porque, “de momento”, “é impossível ir a Moscovo”.
O Papa quis deixar uma mensagem de esperança e de paz no último dia da visita ao Sudão do Sul. “Esperança é a palavra que quero deixar a cada um de vós, como um dom a compartilhar, como uma semente que dá fruto”. Foram seis dias em que o Papa visitou dois países do continente africano marcados pela guerra.
Mais um apelo sincero para manter viva a esperança e construir a paz nas palavras do Papa Francisco na conclusão da missa no Mausoléu 'John Garang', em Juba.
Na Eucaristia que encerrou a sua visita ao mais jovem país do mundo, Francisco voltou a lembrar “a dor, angustias e anseios” que a população traz “no coração”, e a tristeza pela guerra que marca o quotidiano do Sudão do Sul, para pedir “não nos deixemos corromper pelo mal!”.
As missionárias combonianas a viver no Sudão do Sul dizem ver "um povo que quer verdadeiramente paz e reconciliação" e destacam a importância de o papa ter posto o jovem país no mapa com esta viagem.
Lado a lado, os três líderes religiosos quiseram dar o exemplo de unidade, não só no diálogo com os responsáveis políticos deste país, mas a nível espiritual.
Existem 2,2 milhões de deslocados internos no Sudão do Sul, de uma população total de cerca de 11,6 milhões, e outros 2,3 milhões fugiram do país como refugiados, segundo as Nações Unidas.
Num encontro com deslocados do Sudão do Sul, Francisco apelou com “todas as forças” para que “se faça cessar todo o conflito, e se retome seriamente o processo de paz”.