A situação dos cristãos no país e a cultura do diálogo nacional para fomentar a estabilidade e o processo de reconstrução foram temas da conversa entre Francisco e Al-Kadhimi.
A passagem do Papa Francisco foi há cerca de duas semanas e os efeitos das multidões começam a fazer-se sentir. Apesar deste aumento de casos de infeção, as autoridades voltaram a anunciar na noite de terça-feira um aliviar do recolher obrigatório instaurado há algumas semanas.
Francisco cumpre este sábado o oitavo ano de pontificado. Após um ano atípico, marcado pelo seu isolamento para evitar contágios e agravar a pandemia, conseguiu, no entanto, encerrá-lo da melhor forma com a histórica visita ao Iraque.
Francisco reconhece que alguns católicos conservadores podem ver o seu encontro com responsáveis religiosos iraquianos como um passo em direção à heresia, mas por vezes é preciso correr riscos ponderados, defende.
No regresso da visita ao Iraque, Francisco disse que não tem medo de ser chamado herege por dialogar com muçulmanos. "Existem alguns críticos que dizem que o Papa não é corajoso, é imprudente. Que está a fazer coisas contra a doutrina católica, que está a um passo da heresia" disse o Papa na viagem de regresso a Roma. Francisco recordou, com emoção, a visita a Mossul onde viu várias igrejas destruídas.
Henrique Monteiro fala sobre os objetivos traçados e cumpridos pelo Papa durante a sua visita ao Iraque, nomeadamente no diálogo com a comunidade xiita.