No voo de regresso a Roma, Francisco pediu "desculpa" se magoou vítimas de abusos sexuais por membros da Igreja. Em causa estão comentários do Papa no dia 19, quando questionado pelos jornalistas sobre o caso do bispo chileno Juan Barros, que algumas vítimas acusam de ter encoberto casos de abusos. Francisco defendeu-o, dizendo que não existiam "provas" e que o que se dizia contra ele era "calúnia". Esta segunda-feira, o Papa admitiu que a forma como se expressou pode ter causado "feridas" e que não era sua intenção, mas reafirmou que não há "evidências" contra o bispo Barros.
Francisco descarta a ideia de que a prática de casamentos em locais exóticos se generalize. "Está a imaginar cruzeiros com casamentos a bordo? O que seria!"
Francisco já está no Peru e encontra-se esta tarde com os povos da Amazónia no Centro Regional Madre de Dios, com a população local no Instituto Jorge Basadre e com crianças no Lar Principito. Depois de três dias no Chile, Francisco fica no Peru até domingo. Esta é a quarta deslocação do Papa à América Latina e a sua 22.ª viagem internacional.
O Papa circulava pelas ruas de Iquique, no norte do Chile, quando um cavalo se descontrolou e atirou ao chão uma militar, mesmo ao lado do papamóvel. Francisco mandou imediatamente parar a comitiva e dirigiu-se ao lugar onde a militar estava caída. A militar foi transportada de ambulância, mas o cavalo não a atingiu directamente. O acidente aconteceu depois de Francisco terminar a homilia em Iquique, pelas 13h00 locais (16h00 em Lisboa).
Falando esta quinta-feira, em Iquique, no norte do Chile, durante uma missa campal, Francisco referiu-se ao facto de esta região ser conhecida por acolher pessoas que a ela acorrem para tentar melhorar a sua vida. Francisco sublinha que a sociedade deve estar atenta a todas as formas de injustiça, desde as situações de "precariedade do trabalho que destrói vidas e famílias aos que se aproveitam "da irregularidade de muitos migrantes porque não conhecem a língua ou não têm os documentos em ordem".
O Papa Francisco recorreu esta quarta-feira à metáfora do acesso à internet para descrever a relação dos jovens com a fé. “A única maneira de não se esquecer da palavra-chave é usá-la. Todos os dias”, diz o Papa Francisco, num encontro com os jovens, no Chile.