Em entrevista à Renascença, o politólogo Pedro Silveira, autor do livro “Governo de Portugal”, publicado ainda este mês, defende que seria útil “algum grau de descentralização do Governo”. “Deixaria ao primeiro-ministro ser aquilo que está no papel da Constituição: um coordenador, um articulador de políticas. E não um dirigente”, aponta.
“Os principais ausentes da campanha são a educação e a demografia. Dois temas totalmente ligados ao crescimento económico”, defende o professor da Universidade do Minho.
Sem investimento não há crescimento económico e mesmo com uma ligeira subida até 2019, continua muito baixo, diz Eugénio Rosa, em entrevista à Renascença. O economista analisou os programas dos principais partidos e mostra-se muito pouco crédulo nas previsões de redução do défice e da dívida apresentadas pelo PS e PSD. E critica a subordinação das principais necessidades do país e dos portugueses a essas prioridades. Sobretudo num país de salários baixos, em que apenas o mínimo tem subido e continua a “apertar” o salário médio. Eugénio Rosa critica ainda o PCP e o Bloco pelo chumbo do Orçamento de Estado para 2022.
Presidente do Conselho Nacional de Educação alerta que a escola está a passar por uma grande transformação defende que as crianças até aos três anos deveriam estar dependentes do Ministério da Educação para terem já uma componente pedagógica.
Filipe Teles, pró-reitor da Universidade de Aveiro, é cientista político e professor assistente do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território daquela universidade, onde ministra cursos nas áreas de políticas públicas e ciências políticas. Entre os seus trabalhos mais recentes, encontra-se um de meados de 2018 sobre “Governação Territorial Descentralizada: coordenação, capacidade e responsabilização em arranjos de governação local em contextos regionais complexo”.
A coordenadora-executiva do Observatório Permanente da Justiça diz que o setor não foi prioridade para o Governo socialista. Numa análise à lupa dos programas eleitorais dos partidos políticos com assento parlamentar, Conceição Gomes aponta falta de pensamento estratégico e abundantes ideias avulsas. Defende ainda alterações na formação dos juízes.
Combate à pobreza tem que ser uma grande prioridade do próximo Governo, defende Carlos Farinha Rodrigues. Para o economista e especialista em questões de Pobreza e Desigualdade, Portugal não pode ter 11% de trabalhadores pobres.
“Numa crise a implicar uma definição clara de Portugal como aliado dos Estados Unidos num eventual conflito com a China por Taiwan, o que vai o Governo de Lisboa fazer no contexto da sua relação com Pequim?”. O especialista em geoestratégia José Pedro Teixeira Fernandes gostaria de ver a questão respondida numa campanha eleitoral que, como sempre, não discute política externa.