Antibióticos pediátricos, antidiabéticos, tratamentos para a asma e vários genéricos são os medicamentos mais difíceis de encontrar em muitas farmácias portuguesas. Ministério da Saúde fala de "situações pontuais". Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos defende a criação de uma reserva estratégica de medicamentos. Infarmed está a ultimar a medida.
Bastonário foi ouvido no Parlamento esta quarta-feira e assinala "aumento das ruturas". Não é o único, mas o principal problema identificado é o mecanismo que impede aumentar os preços, diz a Ordem.
No início do processo de vacinação contra a Covid-19, as farmácias foram preteridas, apesar da disponibilidade que sinalizaram para serem parte do processo. "No início houve problemas que justificavam ter mais cuidado. Hoje, não creio que essas razões persistam", diz o presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Farmacêuticos que diz que, hoje, já se sabe muito mais sobre as vacinas do que no arranque da vacinação. "Estamos preparados para acelerar o processo, é tudo uma questão de vontade política", diz Franklim Marques.
Entre os 20 signatários estão a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, o patologista Germano de Sousa e o médico de saúde pública Jorge Torgal. Referem que “não é razoável que se combata a atual situação - já não pandémica, mas endémica - recorrendo a medidas ‘sanitárias’, cuja eficácia tem sido colocada em causa por vários investigadores de grande prestígio”.
A vacinação nesta fase destina-se aos profissionais inscritos na Ordem dos Farmacêuticos – cerca de oito mil. “O esforço de vacinar todos os profissionais de saúde, antes de criar qualquer nova prioridade, é absolutamente fundamental”, defende a bastonária.
Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos defende-se das críticas do coordenador nacional para a vacinação contra a Covid-19, que acusou as farmácias de terem sido "um obstáculo" na campanha de vacinação da gripe, razão pela qual as farmácias foram excluídas da primeira fase de vacinação contra o novo coronavírus.