O presidente do Conselho Regional de Lisboa considerou injusta a não atualização há cerca de 20 anos do valor de pagamento do apoio judiciário que é prestado aos cidadãos mais desfavorecidos e sem meios financeiros para contratar um advogado particular.
"O advogado, quando faz contas no final do processo, muitas vezes o que acontece é que está a pagar para trabalhar e, portanto, isto não é digno", defendeu a bastonária.
Fernanda de Almeida Pinheiro disse não compreender as suspeitas levantadas pelo STM, porque "para haver corrupção ativa, tem que haver corrupção passiva" e isso só seria possível se os técnicos de imigração colaborassem nesse crime.
A Ordem dos Advogados requer a fiscalização das condições que impedem a advocacia de aceder aos apoios na quebra de rendimentos, parentalidade e doença, para além das normas que obrigam a classe a efetuar pagamentos de contribuições de acordo com rendimentos presumidos e não reais.
Em declarações à Renascença, Fernanda de Almeida Pinheiro alerta para uma bola de neve que se está a criar junto dos tribunais administrativos e fiscais na medida em que os imigrantes estão a recorrer à justiça para obrigar o Estado a mexer nos seus processos.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem diz que "um Estado de Direito democrático, inclusivo e moderno, não pode compactuar com manifestações de xenofobia, de desvalor pelo diferente, em expressões de nacionalismo bacoco que já nenhum Estado europeu sustenta".