CEO do grupo de comunicação social diz que os "pressupostos essenciais" do projeto estão comprometidos, nomeadamente o "necessário entendimento entre acionistas para levar a cabo a reestruturação editorial que há muito o grupo necessita".
A 19 de fevereiro tem lugar uma assembleia-geral extraordinária de acionistas, que vai debater e votar a destituição do atual Conselho de Administração e um aumento de capital de cinco milhões de euros no grupo dono de títulos como o "Jornal de Notícias", "Diário de Notícias", "TSF", "Dinheiro Vivo" e "O Jogo".
Numa semana ainda marcada pelos ecos da Convenção do Chega e pela apresentação das listas de deputados da AD, Nuno Botelho olha, também, para a crise no grupo Global Media, depois de os jornalistas do "JN" e de "O Jogo" terem anunciado a intenção de suspender os contratos pelo atraso no pagamento de salários. Que já chegou aos 50 dias.
Trabalhadores dos órgãos de informação do grupo Global Media pedem mudanças rapidamente e uma resposta da Entidade Reguladora da Comunicação. Querem uma solução para uma empresa que leva mais de um mês com os salários em atraso.
A ministra Ana Mendes Godinho assegurou que o Fundo de Garantia Salarial está pronto a responder, caso seja ativado. A equipa do Ministério do Trabalho foi ouvida no Parlamento a pedido do PCP e do Bloco de Esquerda.
Regulador da comunicação pediu informação adicional sobre o cumprimento das obrigações de transparência da titularidade da dona do "JN", "DN", "TSF" e "O Jogo", "de modo a esclarecer dúvidas relativas à propriedade e responsabilidade pelo controlo deste grupo de media".
Na visão de Henrique Raposo, “um milionário não pode chegar à praça pública e, simplesmente, comprar um grupo de media, só porque tem muito dinheiro”. Henrique Raposo comenta a crise no Global Media Group (GMG).