No intuito de estimular a nidificação de corujas, a Direção Regional de Cultura do Norte, em colaboração com a Junta de Freguesia de Salzedas, procedeu à instalação de três caixas-ninho no Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, em Tarouca.

De acordo com a DRCN, a iniciativa quer “estimular o regresso das corujas ao edifício, repondo o equilíbrio ambiental e ecológico”.

Neste contexto, foram colocadas três caixas-ninho: no lado sul da torre sineira, na parede poente do lado sul do transepto e na parede nascente por cima da sala do capítulo.

“Serão agora colocadas corujas-das-torres nos ninhos para dar seguimento ao processo de nidificação”, adianta a DRCN, lembrando que “a época de nidificação desta espécie é prolongada e variável, podendo ocorrer entre dezembro e junho. No entanto, a maior parte das posturas dão-se entre os meses de fevereiro e março”.

“A presença das corujas-das-torres no Mosteiro de Salzedas não é uma novidade, mas a espécie (classificada como em vias de extinção) parece ter “abandonado” o edifício há alguns anos. Esperando agora, a Agora, a expetativa é repor a população de corujas neste habitat, já que a sua presença é dissuasora dos pombos – uma das maiores ameaças para o património edificado”, lê-se no comunicado enviado à Renascença.

Com o nome científico Tyto alba), a coruja-das-torres é uma das sete aves de rapina noturnas que existem em Portugal. A ave de rapina, também pelos nomes de coruja-da-igreja ou coruja-católica, pode ser encontrada em áreas agrícolas, mas também em florestas pouco densas e zonas urbanas. Adaptada a estar próxima dos humanos, a coruja-das-torres nidifica muitas vezes em edifícios e o mesmo local pode ser ocupado durante décadas.

O primeiro censo nacional de coruja-das-torres, cuja população tem diminuído, foi lançado no início deste mês pela Universidade de Évora e pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), para conhecer a distribuição e abundância desta espécie no país.

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