O escritor e poeta cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca vai receber o Prémio Literário Guerra Junqueiro, Lusofonia 2020 no dia 27 de novembro, na cidade da Praia.

A cerimónia vai ter lugar na Biblioteca Nacional de Cabo Verde, com o apoio da Academia Cabo-Verdiana de Letras (ACL), da Sociedade Cabo-Verdiana de Autores (SOCA) e do Instituto Camões.

O evento contará com a presença de várias entidades governamentais, a par de outras individualidades da Diáspora e da Cultura Cabo-Verdiana. Daniel Spínola, Daniel Medina e Mariana Faria serão alguns dos intervenientes da sessão.

O Prémio Literário Guerra Junqueiro é promovido no âmbito do FFIL - Freixo Festival Internacional de Literatura, que se realiza desde 2017, em Freixo de Espada à Cinta.

“E com particular orgulho por ter uma ligação afetiva e efetiva ao património das Letras e da Cultura das palavras, cruzando-se de igual modo com todo o património construído por estórias, arte, memória e história das nossas comunidades na Diáspora”, assinala Maria do Céu Quintas, presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta e anfitriã do Prémio Guerra Junqueiro em Portugal.

Já Avelina Ferraz, curadora do prémio, refere que o Prémio Literário Guerra Junqueiro tem o nome do “patrono do evento e resgata um dos poetas que marcaram a formação dos poetas e escritores do Séc. XX”.

Guerra Junqueiro é “um poeta com uma voz limpa, densa e profunda, que provoca, agora, encontros e transformações”, observa Avelina Ferraz.

Instituído desde 2017, em Portugal, o primeiro prémio foi atribuído a Manuel Alegre, seguindo-se Nuno Júdice, em 2018, José Jorge Letria em 2019 e em 2020, o prémio foi entregue a Ana Luísa Amaral.

Avelina Ferraz assinala que o prémio na lusofonia pretende ser “contributo para um movimento criador de uma união cultural lusófona e fazer da Literatura responsável por todos sermos cidadãos do mundo”, reitera.

Depois de Cabo Verde, o prémio será entregue no Brasil, em Juazeiro do Norte, no Ceará, em dezembro, a Sidney Rocha.

As datas de entrega do Prémio Literário Guerra Junqueiro aos outros laureados - Olinda Beja (S. Tomé e Príncipe), Tony Tcheka (Guiné-Bissau), Calane da Silva (Moçambique) e Lopito Feijóo (Angola), ainda não estão agendadas.

A presidente da autarquia de Freixo de Espada à Cinta espera que se realizem até maio de 2021, antes da próxima edição FFIL, onde serão anunciados novos vencedores.