A morna de Cabo Verde foi esta quarta-feira, oficialmente, declarada Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

A decisão foi anunciada pelo Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Imaterial da Humanidade, numa reunião que decorre em Bogotá, na Colômbia.

O ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, já manifestou satisfação pelo reconhecimento do género musical que nasceu na ilha e que já é conhecido um pouco por todo o mundo.

A candidatura tinha sido apresentada em março de 2018. Em novembro deste ano, o ministro já tinha antecipado que a morna seria Património da Humanidade.

O dossiê cabo-verdiano contou com colaboração do antropólogo Paulo Lima, especialista português na elaboração de processos de candidatura a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO, como o fado, o cante alentejano e a arte chocalheira.

Marcelo envia "um grande abraço" de Portugal


Marcelo Rebelo de Sousa já felicitou Cabo Verde pelo reconhecimento da morna como património imaterial da humanidade pela UNESCO, considerando que é uma decisão justa, embora tardia.

"Daqui de Portugal, um grande abraço, que transmito através do Presidente Jorge Carlos Fonseca ao povo irmão e ao Estado irmão também de Cabo Verde. Finalmente, a morna foi considerada património imaterial da humanidade", afirma o Presidente da República, num vídeo divulgado no site da Presidência da República.

Numa mensagem de cerca de um minuto, Marcelo Rebelo de Sousa refere que esta "era uma luta" em que Portugal estava "ao lado dos irmãos cabo-verdianos".

"É o reconhecimento de uma realidade cultural que a nós nos diz muito e há muito tempo. Não queria deixar de vos felicitar por esta decisão que é uma decisão justa, mesmo se tardia", acrescenta.

[notícia atualizada às 21h03]