Começou a praticar atletismo quando o actual recordista da maratona, o queniano Eliud Kipchoge, ainda nem sequer tinha nascido e continua. Armando Aldegalega faz 81 anos em novembro, corre há 63 e fez uma pausa nos treinos para estar na Tarde da Renascença.

Representou Portugal nos Jogos Olímpicos de Tóquio e Munique, manchados pelo atentado contra a delegação de Israel.

Começou a correr com 18 anos, numa altura em que “trabalhava no duro, na monda do arroz”. Viu um grupo do clube Independente de Setúbal a treinar e juntou-se a eles. Nunca mais parou.

Armando Aldegalega leva o atletismo mesmo muito a sério. Casou num domingo de manhã, foi ao copo de água “rápido”, mudou de roupa, foi para Lisboa de transportes públicos, correu os dez mil metros e ajudou o Sporting a ser campeão no Estádio do Restelo.

À beira de celebrar 81 anos de vida, este superatleta está a treinar para fazer mais uma meia-maratona, em outubro.

Com 35 competições internacionais é o quarto português mais internacional em pista. Conquistou 21 títulos nacionais, em 1962 venceu a maratona do Campeonato Iberoamericano, soma nove títulos europeus e nove mundiais de veteranos e vai a caminho da sua maratona número 65. E não se cansa.