Foi em Janeiro de 2013, numas férias em família na Tailândia com o marido, Cameron, e os três filhos pequenos, que Sam sofreu a queda que a paralisou. Seis semanas depois, ficou a saber que nunca mais ia poder andar.

De volta à Austrália, os seis meses seguintes no hospital foram difíceis e Sam chegou a desejar ter morrido. Mas, três meses depois, já em casa, aconteceu o inesperado. Numa visita à avó, um dos rapazes encontrou um passarinho com duas ou três semanas que tinha caído ao chão. Decidiram adoptá-lo.

A família salvou o pássaro, mas foi o pássaro que acabou por salvar a família.

Quando se juntaram para cuidar da pega bebé, a quem chamaram Penguin por causa da sua penugem preta e branca, alegria voltou à casa e Sam conseguiu virar a página.

“Adorava tê-la por perto porque me fazia companhia. Estava sempre ao pé de mim e fazia-nos rir”, diz Sam, que aproveitou para desabafar com a Penguin e dar uma folga ao marido.

Cameron, fotógrafo de profissão, passou a tirar fotografias da Penguin e criou uma conta no Instagram para documentar as suas aventuras. Ao fim dos dois anos em que o pássaro ficou com a família, já tinha tirado 14 mil fotografias.

A Penguin ganhou asas e assumiu a sua independência. De vez em quando, ainda faz uma visita à família. Encontrou uma nova vida, tal como a mãe Sam, que, no ano passado, conseguiu entrar para a equipa paralímpica de canoagem. As fotografias da Penguin na internet tornaram-se virais sem que ninguém conhecesse a história da família Bloom. Agora, decidiram contá-la em livro.