A colecção Miró vai ficar em permanência na Casa de Serralves, anunciou esta sexta-feira o presidente da Câmara do Porto.

Rui Moreira falou aos jornalistas após a inauguração da exposição “Joan Miró: Materialidade e Metamorfose” que vai, então, passar do Museu de Arte Contemporânea de Serralves para a Casa de Serralves depois de algumas obras coordenadas pelo arquitecto Siza Vieira.

"Depois de uma prudente ponderação, entendi que esta coleção notável, coerente e indissolúvel, agora sob a tutela da Câmara Municipal do Porto, não poderia, de momento, ficar em melhor lugar do que aqui na Casa de Serralves. Com a pronta concordância da Fundação, posso agora revelar que este novo polo cultural do município ficará instalado nesta casa maravilhosa e queria também dizer que o senhor arquiteto Siza Vieira já aceitou o encargo de transformar esta casa de tal forma a que a coleção possa ficar aqui de forma permanente", declarou.

Será a própria Câmara a pagar as obras de adaptação no novo espaço, confirmou Rui Moreira.

Por seu lado, a presidente da Fundação de Serralves, Ana Pinho, declarou que a decisão não foi tomada "antes de o assunto ser abordado e também recolher a opinião da diretora do museu de Serralves", pelo que "a todos pareceu que era uma boa decisão".

Há muito tempo que se admitia a possibilidade das 85 obras do pintor catalão Joan Miró ficarem no Porto. A confirmação foi deixada pelo primeiro-ministro António Costa na terça-feira.

As obras passaram para as mãos do Estado em 2008 após a nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN). O Governo Passos Coelho chegou a colocar a colecção à venda.