António Oliveira considera que o regresso de Augusto Inácio ao Sporting é uma "provocação" a Jorge Jesus.

O ex-treinador foi apresentado em Alvalade na quarta-feira, como novo de director geral da SAD, apesar da conhecida e pública más relação com o técnico leonino. O antigo presidente do Estrela da Amadora, e amigo de "JJ", alega, em Bola Branca, que a contratação de Inácio se trata de uma manobra de Bruno Carvalho para "provocar" o técnico amadorense.

“Não é preciso ir a Braga, nem à China, para perceber que é uma autêntica provocação a Jorge Jesus. Tenho muito respeito pelo Augusto Inácio, por aquilo que ele tem sido no futebol, mas toda a gente sabe que a relação deles nunca foi a melhor. Mais uma vez, o senhor presidente do Sporting, em vez de tentar acalmar as hostes e pôr ordem no clube, só está a tentar criar mais confusão”, atira António Oliveira.

A instabilidade que Jesus não merece e os antecedentes de Bruno

De resto, o ex-dirigente estrelista lamenta que Jesus esteja a passar pela instabilidade actual, sob a liderança de Bruno de Carvalho.

"Tenho pena que ele tivesse deixado o Benfica para se ir meter no sonho dele, até por causa do seu falecido pai. Acho que se estragou ao ter entrado no clube [Sporting] com um indivíduo da estirpe do presidente do Sporting. Andei lá estes anos todos e não me lembro de uma pessoa com tanta falta de carácter como este indivíduo que é presidente de uma instituição tão grande, como é o Sporting", critica António Oliveira.

"O Jorge [Jesus] não merecia isto, pelo profissional que é, por aquilo que tem dado ao futebol e pelos conhecimentos que tem trazido ao desporto. Sou um bocado suspeito, pois sou amigo dele e acredito nele até à última, mas é um dos grandes treinadores deste país e não merecia estar a passar por isto”, reforça, ao mesmo tempo que recorda casos passados.

“Desde Marco Silva a Leonardo Jardim, e ao Jorge, diga-me que treinador não teve problemas com o senhor presidente do Sporting. O defeito é sempre dos treinadores, que são grandes treinadores e não têm de provar nada a ninguém. Já ele [Bruno de Carvalho] tem de provar o que vale como dirigente. O que não tem feito”, assinala António Oliveira.