Fechou o mercado de inverno, ultimaram-se as compras e as vendas e, a partir de agora, vida nova para toda a gente

Cada vez são mais audíveis as críticas ao actual mercado de inverno, nos moldes e no tempo em que se processa. Para muitos começa a fazer cada vez menos sentido, sobretudo porque também pode contribuir para defraudar a verdade desportiva.

Depois, nestes tempos, há também o importante problema que se relaciona com as depauperadas finanças de uma grande parte dos clubes, por esse mundo fora.

O tempo é de vacas magras, muitos deles agravaram as suas dificuldades em tempos de pandemia, e há, inclusivamente, alguns que ameaçam cerrar as suas portas.

Entre nós, os movimentos foram inferiores aos de outros anos.

Apenas Sporting Clube de Portugal e Futebol Clube do Porto deram sinais de vida mas, ainda assim, sem deixarem transparecer abundâncias excessivas. Já o Benfica, ao contrário, manteve um ruidoso silêncio, o que não deixa de se tornar preocupante para a grande maioria dos seus prosélitos.

Será diferente, a partir de agora, a produção das nossas equipas nas provas nacionais e internacionais que estão a decorrer? É bem provável que assim aconteça.

Os leões, face aos reforços conseguidos, poderá assumir um maior protagonismo, mas os dragões tudo farão para manter, ou até dilatar, a vantagem trazida até aqui.

Do lado leonino sentia-se, igualmente, a predisposição de Frederico Varandas em reforçar o seu plantel com nomes sonantes, não estivessem à vista eleições que, deste modo, terá ainda maior facilidades em ganhar.

Quanto ao mercado em si, parece continuar a ganhar força a oposição de alguns agentes mundiais, por se considerar que não faz sentido, tanto no plano financeiro, quanto no plano desportivo.

Certamente não tardará muito para que Fifa e Uefa metam mãos à obra no sentido de eliminar situações com as quais o futebol pouco ou nada lucra.