O caso relativo à possibilidade de haver público nos estádios de futebol gerou, nos últimos dias, situações que chegaram a atingir o caricato.

Face ao evoluir positivo da pandemia começou a acentuar-se há algum tempo a ideia de que poderia vir a ser autorizada a presença de espectadores em alguns jogos das derradeiras jornadas.

Até que surgiu uma decisão toda ela muito questionável dado que o acesso às bancadas apenas seria permitido na última jornada e, possivelmente, na final da Taça de Portugal.

Como já escrevemos aqui em dias anteriores, criou-se, logo aí, uma situação de injustiça pelo menos para nove clubes da divisão principal, exatamente aqueles que vão jogar em campos alheios, e que a lógica impunha que fossem igualmente contemplados na penúltima jornada.

Constatando o erro, e juntando a isso a desculpa de não ser possível preparar convenientemente, apenas em dois dias, a segurança nos oito desafios a realizar amanhã,

a direção da Liga de Clubes reuniu ontem, à pressa para, a seguir, comunicar que, afinal, ficava tudo sem efeito.

O próprio Secretário de Estado do Desporto também veio a público reforçar essa decisão através de uma intervenção atribulada, ficando por se conhecer, com toda a exatidão, após alguns outros discursos confusos, qual é, verdadeiramente, o pensamento do Governo português em relação à matéria em causa.

E assim vai terminar o campeonato, com outro protesto à mistura, o do Tondela que diz não compreender por que razão o seu jogo com o Paços de Ferreira foi antecipado para a noite desta terça-feira.

E quanto aos jogos que devem ser disputados à mesma hora se estiverem em causa situações de desempate, juntamos mais uma dúvida: Pote e Seferovic estão em igualdade no registo de golos marcados, ficando por se saber qual a razão de Benfica e Sporting não jogarem mesma hora amanhã à noite.