O empate consentido pelo Sporting em Alvalade na quarta-feira teve, entre outros aspetos também importantes, o condão de acicatar até ao limite a determinação da sua concorrência mais direta, levando Benfica e Porto a alcançar vitórias, suscetíveis de provocar um menor distanciamento entre todos eles na tabela classificativa.

A deslocação do Benfica a Portimão, que era vista como muito complicada, dada a melhoria evidenciada pelos algarvios nas últimas jornadas, saldou-se por um triunfo dilatado e uma excelente exibição na segunda parte, a desmentir o desastre de há oito dias frente ao Gil Vicente, mas também a deixar à vista a bipolaridade de uma equipa que continua longe de confirmar as promessas feitas pelo seu treinador quando a bola ainda não tinha começado a rolar.

Não obstante esta boa tarde/noite da formação da Luz, o realismo leva o seu treinador a não embarcar em sonhos (quase) impossíveis. Mesmo tendo reduzido a diferença para o líder da classificação, não parece muito provável que o Benfica vá além do terceiro lugar e, mesmo esse, exige que não se distraia com os guerreiros do Minho.

No estádio do Dragão, o Futebol Clube do Porto também cumpriu a sua obrigação.

Frente ao Vitória de Guimarães conseguiu uma vitória bem mais magra em consequência da irregularidade da sua atuação, isto é, a uma primeira parte despida de qualidade acrescentou um segundo tempo muito superior, ao longo do qual a sua justa vitória nunca esteve em dúvida.

Portanto, águias e dragões voltaram a recuperar pontos em relação aos leões, o que lança sobre a jornada seguinte expectativas se sobra.

Mesmo tendo-se apertado ainda mais o cerco, na Pedreira, em Braga, os leões têm no domingo uma ocasião soberana para confirmar se é válida a ideia de que se trata de um sério candidato ao título de campeão.

Vale a pena esperar para ver…